Dirigente do Fed diz ver ‘progresso significativo’ contra inflação nos EUA
Presidente do Federal Reserve de Minneapolis avalia que quadro na economia dos EUA dá tempo aos dirigentes para avaliar os próximos dados, antes de determinar o momento de começar a cortar os juros
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou nesta segunda-feira (5) que nota “progresso significativo” na luta contra a inflação nos Estados Unidos.
Em artigo publicado no site da distrital, Kashkari argumentou também que o quadro na economia dos EUA dá tempo aos dirigentes para avaliar os próximos dados, antes de determinar o momento de começar a cortar os juros.
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Sem direito a voto nas decisões de política monetária em 2024, Kashkari diz que, desde setembro, a inflação “tem caído muito mais rápido que a maioria das previsões esperavam”, enquanto o crescimento “tem se mostrado notavelmente resiliente, inclusive acelerando no segundo semestre de 2023”.
Kashkari considera que o núcleo da inflação “está fazendo rápido progresso para retornar à nossa meta”, em quadro de Produto Interno Bruto (PIB) ainda forte. O mercado de trabalho “tem continuado também forte”.
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Segundo ele, mesmo com a política monetária apertada, aparentemente avanços do lado da oferta têm apoiado a produção e levando a um equilíbrio maior entre oferta e demanda, o que reduz a inflação.
A política monetária, além disso, tem tido um papel muito importante para manter as expectativas de inflação ancoradas, comentou o dirigente.
Sobre o quadro geral, considerou que “os dados não são totalmente positivos, e há alguns sinais de fraqueza econômica que eu levo a sério”.
Ele mencionou a inadimplência em alta “a partir de níveis muito baixos” em empréstimos para a compra de veículos e também em cartões de crédito, bem como a “continuada fraqueza no setor imobiliário comercial.
Segundo Kashkari, é possível que, ao menos durante a recuperação pós-pandemia, a postura na política monetária que representa o nível neutro tenha sido elevada.
A implicação disso, para ele, é que o Fed tem tempo para avaliar os próximos dados, antes de começar a cortar os juros, “com um risco menor de que uma política muito apertada possa fazer a recuperação econômica desandar”.
Com informações do Estadão Conteúdo