Desinflação deve ser mais lenta, mas corte ainda deve acontecer, afirma dirigente do Fed

Para Loretta Mester, haverá 'apoio notavelmente menor do lado da oferta' do que no ano passado, e por isso a inflação desacelerará a ritmo bem mais gradual

Loretta Mester, presidente do Federal Reserve de Cleveland
Loretta Mester, presidente do Federal Reserve de Cleveland

A desinflação nos Estados Unidos deve acontecer em ritmo mais lento do que o visto no último trimestre de 2023, afirmou a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Cleveland, Loretta Mester, nesta quinta-feira (4).

Segundo ela, haverá “apoio notavelmente menor do lado da oferta” do que no ano passado, e por isso a inflação desacelerará a ritmo bem mais gradual.

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Ela afirmou, em conversa virtual no Centro de Interdependência Global, que a queda da inflação deve pesar também sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país, embora ele se mantenha a um ritmo forte.

Mesmo assim, ela mantém expectativa por corte de juros no horizonte, assim que a inflação entrar em queda consolidada e convencer os diretores do Fed de que está caminhando para a meta de 2% ao ano.

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Mester, que vota nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), diz que não há pressa para a redução das taxas, mas ela está próxima de acontecer, amplamente esperada até o fim deste ano, junto de uma redução do ritmo do balanço do Fed, seguindo o plano traçado pela instituição em 2022.

Porém, mesmo após a redução dos juros, ela avalia que as taxas permanecerão a níveis mais elevados do que antes da pandemia, porque a taxa de juros neutra está mais elevada do que anteriormente, provavelmente permanecendo próxima dos 3% para que a economia se equilibre.

Com informações do Estadão Conteúdo

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