Desenrola do governo federal começa em julho

Governo comprará carteiras de créditos vencidos dos bancos que oferecerem os maiores descontos

Haddad sobre parcelar dívidas pelo Pix: 'Pode ser uma grande inovação do nosso sistema bancário'. Foto: Washington Costa/Ministério da Fazenda
Haddad sobre parcelar dívidas pelo Pix: 'Pode ser uma grande inovação do nosso sistema bancário'. Foto: Washington Costa/Ministério da Fazenda

O ministro da Economia, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (5) que o Desenrola, programa de refinanciamento de dívidas para famílias de baixa renda, entrará em vigor em julho, com financiamento de até R$ 10 bilhões do Fundo de Garantia de Operações (FGO).

Com objetivo de reduzir o número de famílias inadimplentes, o programa poderá alcançar cerca de 30 milhões de brasileiros que estão negativados. O público alvo é formado por indivíduos com renda de até dois salários mínimos e dívida de até R$ 5 mil.

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Pelas regras, os bancos participantes do Desenrola venderão para o governo carteiras formadas por dívidas com as características citadas e que estejam com atraso, em leilões realizados na bolsa.
Como comprador, o governo escolherá comprar as carteiras do bancos que oferecerem os maiores descontos na venda.

“Acreditamos que os credores vão oferecer o maior desconto possível, porque vai ter garantia do Tesouro”, disse Haddad a jornalistas no anúncio do programa em Brasília, transmitido online.

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Serão admitidos no programa carteiras de crédito dos bancos com data de até 31 de dezembro do ano passado, afirmou o ministro, acrescentando que todos os bancos estatais e privados foram consultados sobre o programa. Uma das condições para as instituições financeiras serem admitidas ao programa é que tirem das listas de devedores como de Serasa e SPC clientes cuja dívida seja de valor inferior a R$ 100, o que, segundo governo, vai beneficiar cerca de 1,5 milhão de pessoas.

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