Decisões de juros nos EUA e na Europa são chave para planejamento de investimentos em 2023

Comitês de política monetária do Fed e do BCE definem, nesta semana, como ficam suas taxas de referência

Açougue e floricultura em rua de Paris (Foto: Roxanne Boudrot/Unsplash)
Açougue e floricultura em rua de Paris (Foto: Roxanne Boudrot/Unsplash)

O grande destaque da semana que começa são as decisões de política monetária nos Estados Unidos e na Zona do Euro.

Na quarta-feira (14), é o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) que define a sua taxa básica de juros. Atualmente, a taxa de referência da economia dos EUA está no intervalo 3,75%-4% ao ano.

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Depois de quatro aumentos consecutivos de 0,75 ponto percentual, a expectativa dos investidores é de diminuição do ritmo de alta, com uma elevação, agora, de 0,5 p.p. A divulgação do índice de preços ao consumidor americano, na véspera, vai permitir ao mercado reforçar essa esperança ou voltar a apostar em um aumento maior. Se o índice desacelerar mesmo de 0,4% em outubro para 0,3% novembro, como é a previsão dos especialistas, a chance de o Fed desacelerar o ritmo de alta é maior.

A inflação de novembro na Zona do Euro já foi divulgada na semana retrasada: a taxa acumulada em 12 meses caiu de 10,6% em outubro para 10% no mês passado. A estimativa dos especialistas era de que ficasse em 10,4%. Essa de novembro foi a primeira queda em 17 meses, o que animou os investidores a projetar uma elevação de 0,5 p.p. dos juros na reunião de quinta (15) do comitê de política monetária do BCE (Banco Central Europeu). Assim, essa taxa iria para 2% ao ano.

Assim como outros países ocidentais, os EUA e os membros da Zona do Euro vêm sofrendo com a pior inflação em 40 anos e usando fortes aumentos de juros para tentar segurar os preços.

Tais elevações esfriam a economia e têm efeito sobre as estratégias de investimentos: com os juros mais altos, as aplicações em renda fixa ficam mais atraentes do que a renda variável de forma geral. Por isso, as definições desta semana vão guiar o planjamento dos investidores para o novo ano que se aproxima.

Agenda da semana

Segunda-feira (12)

  • 8h25 – Brasil: Boletim Focus
  • 14h – Brasil: Diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) como presidente e Geraldo Alckmin (PSB-SP) como vice-presidente da República

Terça-feira (13)

  • 8h – Brasil: Ata do Copom
  • 9h – Brasil: Crescimento do setor de serviços (outubro)
  • 10h30 – EUA: Índice de preços ao consumidor (novembro)

Quarta-feira (14)

  • 7h – Zona do Euro: Produção industrial (outubro)
  • 9h – Brasil: IBC-Br (outubro)
  • 12h30 – EUA: Estoques de petróleo bruto
  • 16h – EUA: Decisão de política monetária do Fed
  • 23h – China: Produção industrial e vendas no varejo (novembro)

Quinta-feira (15)

  • 7h – Zona do Euro: Cúpula de líderes da UE
  • 8h – Brasil: Relatório trimestral de inflação; IGP-10 (dezembro)
  • 10h15 – Zona do Euro: Decisão de política monetária do BCE
  • 10h30 – EUA: Vendas no varejo (novembro); pedidos de seguro-desemprego (semanal)
  • 12h15 – Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE

Sexta-feira (16)

  • 6h – Zona do Euro: PMI industrial, de serviços e composto S&P Global (dezembro)
  • 7h – Zona do Euro: Índice de preços ao consumidor (novembro)
  • 11h45 – EUA: PMI industrial, de serviços e composto S&P Global (dezembro)

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