Debate da Globo: Campanha de Bolsonaro tenta manter presidente calmo e evitar ‘deslizes’

Estratégia é exaltar gestão e ‘desconstruir’ a imagem de Lula

O presidente Jair Bolsonaro participa de cerimônia no CNJ (Imagem: Cristiano Mariz/Agência O Globo)
O presidente Jair Bolsonaro participa de cerimônia no CNJ (Imagem: Cristiano Mariz/Agência O Globo)

Integrantes da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) veem como prioridade para o debate da TV Globo, na noite desta quinta-feira, manter o presidente calmo. O desafio é controlar a personalidade impulsiva do mandatário e fazer com que ele se atenha ao objetivo traçado de defender medidas econômicas do governo e atacar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com membros do QG bolsonarista.

Assessores do presidente tentam evitar episódios como o do debate da Band, quando o chefe do Executivo atacou a jornalista Vera Magalhães. O debate da Globo é o último antes do primeiro turno.

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De acordo com integrantes da campanha, Bolsonaro focará sua estratégia nos embates com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal adversário e líder nas pesquisas de intenção de voto.

A equipe de reeleição tentará usar o debate para evitar uma onda “pró-Lula” nos próximos dias. Além disso, o QG quer aproveitar a audiência e a repercussão do debate como ponto de partida para um eventual segundo turno.

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Para isso, Bolsonaro tentará desconstruir a imagem do petista em toda e qualquer oportunidade que apareça, insistindo na pauta da corrupção e contestando sua inocência nos processos judiciais. O time do QG bolsonarista avalia que o presidente se saiu bem no confronto com o adversário no debate da Band, o único que teve a participação de Lula.

Outra estratégia defendida por assessores de Bolsonaro será focar nos feitos da gestão, como a criação e majoração do Auxílio Brasil, redução do preço dos combustíveis e números de carteira assinada. Bolsonaro já tem os números decorados e nos últimos dias se consultou com ministros e assessores para as últimas dúvidas e ajustes.

As horas antes do debate serão dedicadas ao descanso do presidente e aos retoques finais nas estratégias. Bolsonaro embarcou logo cedo de Brasília rumo ao Rio de Janeiro e está com os aliados no Hotel de Trânsito. Acompanham o titular do Palácio do Planalto o seu filho mais velho e coordenador da campanha, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), além dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Fabio Faria (Comunicações), que estão à frente do projeto da reeleição.

Também estarão presentes o ex-secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, que trabalha na comunicação da campanha, o publicitário Sergio Lima, além do assessor especial da Presidência, Vicente Santini, e o ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro César Cid.

Ao todo, cada candidato poderá ter até dez acompanhantes no camarim e dois no estúdio. A cúpula da campanha, porém, ainda não definiu os assessores que estarão com o presidente durante a transmissão do debate.

Horas antes do debate, Bolsonaro fará a sua live diária, onde tem aproveitado para divulgar seus candidatos nas eleições deste ano. Nelas, Bolsonaro tem intensificado as críticas a Lula e inflamado sua base de apoiadores mais fiéis com ataques ao sistema eleitoral e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.

Por Jussara Soares e Alice Cravo — Brasília
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