Ações do Credit Suisse sobem quase 20% após banco anunciar que levantará empréstimos de até US$ 53 bilhões

Ações do banco tombaram na véspera com temores sobre sua saúde financeira

Foto: Denis Balibouse/Reuters
Foto: Denis Balibouse/Reuters

As ações do Credit Suisse Group AG registraram alta expressiva no pregão desta quinta-feira (16), depois que ele disse que recorreria ao banco central suíço para uma injeção de até 50 bilhões de francos suíços, ou cerca de US$ 53,7 bilhões. Ontem, as ações do banco recuaram quase 30% com preocupações sobre sua liquidez que impactou o setor bancário em geral.

As ações da instituição encerram o dia com avanço de 19,15%, a 2,02 francos suíços, recuperando-se parcialmente depois do tombo de quase 30% ontem. Os papéis chegaram a superar 40% nos primeiros negócios do dia.

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O Credit Suisse informou antes da abertura do mercado europeu que pediria o empréstimo ao Banco Nacional da Suíça, sob uma linha de liquidez de curto prazo, e que também compraria de volta títulos de dívida sênior em dinheiro por até cerca de 3 bilhões de francos suíços. Isso permitirá reduzir as despesas com juros e aproveitar os preços baixos atuais dos títulos, afirmou o Credit Suisse.

As medidas demonstram “uma ação decisiva para fortalecer o Credit Suisse enquanto continuamos nossa transformação estratégica para agregar valor aos nossos clientes e outras partes interessadas”, disse o presidente do banco, Ulrich Koerner.

A posição de liquidez mais forte é uma notícia positiva para o Credit Suisse, disse Anke Reingen, analista do RBC Capital Markets, em nota após a notícia. “Recuperar a confiança é fundamental para as ações do Credit Suisse”, disse ela.

Outros bancos europeus também subiram após as notícias sobre empréstimos do Credit Suisse, o que deve fornecer algum conforto de que um contágio para o setor bancário pode ser contido, disse Reingen. A situação, no entanto, permanece incerta, disse ela.

A crise do Credit Suisse já havia levado os funcionários do Banco Central Europeu a ligar para os bancos que supervisiona para perguntar sobre sua exposição ao banco suíço.

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