Costa Filho: passagens a R$ 200 no Voa Brasil não atenderão a todos
Ideia original é oferecer passagens em baixa temporada, para aposentados que não tenham viajado nos últimos 12 meses e alunos beneficiários do ProUni
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que há confusões de interpretação sobre o público que será atendido pelo programa Voa Brasil, que prevê passagens aéreas de até R$ 200. Segundo o ministro, o programa foi pensado, desde o início, para um segmento específico: aposentados e beneficiários do ProUni.
“No Brasil nós não teríamos condições de do dia para noite ofertar passagens a R$ 200 para todos”, afirmou a jornalistas após evento realizado na B3, em São Paulo.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
A proposta de criação do Voa Brasil foi anunciada pelo ex-ministro de Portos e Aeroportos Márcio França em março do ano passado. Segundo Costa Filho, França fez uma “fala truncada” quando anunciou o programa e deu a entender que o benefício poderia alcançar toda a população.
“Ele colocou que seriam passagens a R$ 200 para o povo brasileiro. E quando vamos analisar o que estava sendo construído, não dialoga com os fatos”, diz Costa Filho.
Últimas em Economia
A ideia original e que está mantida é oferecer passagens em “períodos de ociosidade”, também conhecidos como baixa temporada, para aposentados que não tenham viajado nos últimos 12 meses e alunos beneficiários do Programa Universidade para Todos (ProUni).
A promessa atual, após diversos adiamentos, é de que o programa seja oficializado na primeira quinzena do próximo mês. “O que estamos fazendo através da primeira etapa do Voa Brasil é poder elencar segmentos da sociedade”, disse Costa Filho ao explicar escolha do público que será atendido.
Já para o barateamento das passagens para o restante da população, a aposta segue sendo a construção de um pacote de medidas entre as companhias aéreas e o governo federal.
Entre as medidas está a abertura de linhas de crédito, que dependem de um projeto de fundo garantidor. Segundo Costa Filho, a definição desse fundo está sendo discutida e deve ser definida no próximo mês.
Com informações do Estadão Conteúdo