Corte da Selic já em junho? Parte (pequena) dos bancos aposta na possibilidade

Grande maioria das projeções aponta para queda da taxa básica de juros somente a partir de setembro

Sede do BC: uma de suas funções é ser o “banco dos bancos" - Foto: Raphael Ribeiro/BCB
Sede do BC: uma de suas funções é ser o “banco dos bancos" - Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Os bancos continuam esperando que o Banco Central inicie o corte de juros da Selic somente a partir de setembro. Segundo pesquisa da Febraban, o cenário mudou muito pouco após a reunião do Copom.

Agora, 57,9% dos entrevistados preveem corte no terceiro trimestre (contra 63,2% na edição anterior). Outros 26,3% esperam reduções no quarto trimestre (de também 26,3% antes) e 10,5% veem o BC baixando os juros só em 2024 (mesmo nível de antes).

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A diferença é que agora 5,3% acreditam em um corte já na reunião de junho (na pesquisa anterior esse índice era zero).

Assim, a mediana das expectativas projeta o início da flexibilização em setembro (-0,5 ponto percentual), com mais dois cortes de mesma magnitude nas reuniões de novembro e dezembro, o que levaria a taxa Selic para 12,25% no fim de 2023.

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“A Pesquisa de Expectativas da Febraban capturou que a maioria dos participantes (68,4%) avaliou que a comunicação do Copom, ao não sinalizar um possível corte dos juros no curto prazo, foi adequada. Para o restante (31,6%), o colegiado já poderia ter condicionado o início da redução da Selic, dando mais flexibilidade para sua próxima decisão”, diz o estudo.

Em relação à inflação, a maioria (68,4%) dos participantes acredita que as projeções em torno de 6,0% para este ano estejam bem calibradas (com riscos simétricos de alta e baixa). Houve uma melhora ante a pesquisa anterior, dado que ninguém assinalou que espera que a inflação ficará acima de 6% neste ano (ante 47,4% na pesquisa de março).

Quanto à atividade, pouco mais da metade dos participantes (52,6%) segue projetando um crescimento do PIB em torno de 1,0% neste ano. Para 42,1%, a alta deve ficar próxima a 1,5%.

Para o câmbio, a expectativa agora é de um dólar ligeiramente mais fraco (ante a pesquisa de março), mas com tendência de apreciação, encerrando o ano próximo de R$ 5,20.

Em relação ao aperto monetário nos EUA, é quase unanimidade entre os participantes (84,2%) que o Federal Reserve encerrou sua ciclo de alta dos juros e irá manter as taxas entre 5,0% e 5,25% até o fim do ano.

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