Como proteger seu dinheiro no último trimestre

Com inteligência financeira, dá para driblar o cenário econômico negativo e aproveitar o final de ano em que o Brasil volta à normalidade após a pandemia

Supermercado na zona Sul do Rio de Janeiro se prepara para receber os clientes em suas compras de final de ano (Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo)
Supermercado na zona Sul do Rio de Janeiro se prepara para receber os clientes em suas compras de final de ano (Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo)

Já são 156,6 milhões de brasileiros totalmente vacinados contra a Covid-19 no país (74,4% da população), e a pandemia se enfraquece dia após dia. A perspectiva de se reunir no Natal, celebrar um Réveillon muito simbólico – que oxalá marque a passagem de um período terrível para uma rotina mais parecida com a que antes chamávamos de normal – e viajar nas férias volta a animar as famílias. Mas o cenário econômico inspira cautela.

A inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) deve fechar 2021 em 9,33%, segundo a pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo Banco Central com analistas do mercado financeiro. Se a projeção se confirmar, será a maior alta desde 2015, quando bateu em 10,67%. Não há quem não tenha notado que o dinheiro encolheu e vem sobrando mais mês no final do salário.

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Para tentar domar a inflação, a principal ferramenta de que o BC dispõe é a taxa de juros. A Selic, que é a referência para todas as operações de crédito no Brasil, subiu de 2% no início do ano para 7,75%, e deve acabar o ano em 9,25%, de acordo com as previsões da Focus. No entanto, parte da inflação atual é resultado da escassez global de matérias-primas e alimentos, então a arma dos juros pode não ser suficiente para segurar os preços.

Os juros em alta atrapalham a retomada da economia após a desaceleração forçada pela pandemia, pois desencorajam investimentos por parte das empresas e encarecem as compras parceladas das famílias. Assim, vai demorar mais para que os atuais 14,4 milhões de desempregados (14,1% da população economicamente ativa), de acordo com o IBGE, encontrem uma ocupação.

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A instabilidade política decorrente das movimentações com vistas à eleição de 2022 também ajuda a alimentar um sentimento de preocupação que pode atrapalhar a alegria do final de ano. Como administrar o orçamento para conseguir pagar as contas e ainda curtir as festas? Como garantir que os investimentos vão continuar rendendo?

Muita calma nesta hora! Leia a seguir duas reportagens que vão orientar sobre como agir neste momento:

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