Cielo (CIEL3) processa menos pagamentos, mas antecipa mais e lucro do 2° tri cresce 27%
Base de clientes e número de operações diminuíram, mas empresa teve mais receitas com empréstimos a lojistas
A Cielo (CIEL3) processou menos pagamentos, mas lucrou mais no segundo trimestre, apoiada em maiores receitas com antecipação de recebíveis a lojistas.
A maior empresa de meios de pagamentos do país, controlada pelo Bradesco (BBDC4) e pelo Banco do Brasil (BBAS3), anunciou nesta terça-feira (1) que seu lucro de abril a junho somou R$ 486 milhões, alta de 26,8% ante mesma etapa de 2022.
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O volume financeiro de transações da companhia caiu 11,4% no comparativo anual, para R$ 195,8 bilhões, com destaque para redução de 16,8% em transações com cartões de débito.
Além disso, a base de clientes ativos da Cielo fechou junho em 958 mil, queda de 5,7% em relação a março.
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Mais antecipação
Porém, o volume dos chamados produtos de prazo atingiu R$ 31,8 bilhões no trimestre, crescimento de 8,5% ano a ano.
O chamado yield de receita, que mede quanto de receita uma empresa faz por transação, atingiu 0,83% no trimestre, 0,13 ponto acima do 2T22, e maior nível desde o começo de 2019.
Por isso, a receita líquida da Cielo alcançou R$ 2,64 bilhões no trimestre, aumento de 4% ano a ano.
O resultado operacional da Cielo medido pelo Ebitda (Lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação) recorrente atingiu R$1,046 bilhão, com expansão de 14,3% sobre um ano antes.
A Cielo afirmou ainda que sua dinâmica de negócios foi favorecida por uma resolução do BC, que entrou em vigor em abril.
A medida, que era defendida pelas maiores empresas de cartões, como a Cielo, e combatida por rivais menores, estabeleceu teto para a cobrança de taxas sobre operações com cartões de débito.
Despesas e financeiro
Os custos dos serviços prestados apresentaram redução de 4,3%, mas as despesas operacionais cresceram 13,3%, refletindo a contratação de mais equipe para expansão comercial.
Por fim, o resultado financeiro da Cielo revelou uma despesa de R$76,7 milhões, queda de 39% ano a ano, refletindo o aumento das receitas com aquisição de recebíveis.