CEO do JP Morgan alerta que efeitos da crise bancária permanecerão por muito tempo

Jamie Dimon afirma que a maior parte dos riscos estava 'escondida à vista de todos'

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan. Foto: Marco Bello/Reuters
Jamie Dimon, CEO do JPMorgan. Foto: Marco Bello/Reuters

Em carta anual aos acionistas, o diretor-presidente do JP Morgan, Jamie Dimon disse que a crise bancária americana revelou falhas na supervisão e administração do setor financeiro, especialmente sobre os riscos associados ao aperto monetário. Segundo ele, os reguladores pressionam os bancos para deter ativos seguros como os títulos do Tesouro dos EUA mas a alta dos juros afeta os valores dos papeis, deixando os bancos com um valor expressivo de perdas não realizadas.

Dimon escreveu também que quando a crise – que segundo ele ainda não terminou – ficar para trás, seu impacto no mercado ainda permanecerá por vários anos. “Os reguladores precisam fortalecer os bancos regionais e proteger os bancos maiores que fornecem estabilidade, como o JP Morgan”, afirma.

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O executivo afirma que a maior parte dos riscos estava “escondida à vista de todos”, entre eles a exposição a alta dos juros e o volume de depositantes não segurados do Silicon Valley Bank. “Atender as exigências regulatórias não é mais suficiente”, disse.

Segundo ele, o Federal Reserve precisa mudar seu teste anual de estresse bancário e incluir o impacto da alta dos juros. “Toda crise que impacta a confiança dos americanos nos bancos prejudica todos os bancos”, escreveu Dimon.

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