Com carro elétrico em alta, fabricantes lançam produtos acessíveis na Ásia

Os veículos elétricos a bateria estão decolando "mais rápido do que o esperado" no sudeste da Ásia, especialmente na Tailândia e na Indonésia, de acordo com a LMC Automotive

Tata Tiago EV custará o equivalente a R$ 56 mil / Foto: Divulgação
Tata Tiago EV custará o equivalente a R$ 56 mil / Foto: Divulgação

O mercado de veículos elétricos (EVs) da Ásia deve decolar em 2023, com montadoras como BYD, Tata e Tesla oferecendo opções mais acessíveis para capturar a demanda dos consumidores de países emergentes.

A montadora indiana Tata Motors começará a entregar o hatchback elétrico Tiago, que a mídia local apelidou de o carro “mais esperado” da Índia, em janeiro. A Tata disse que recebeu mais de 10 mil reservas em um dia desde a abertura das inscrições em outubro. Ele ultrapassou a marca de 20 mil no fim de novembro, superando todas as vendas de veículos elétricos de passageiros da Índia em 2021.

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A popularidade do Tiago deriva em grande parte de seu preço inicial de 849.000 rúpias (US$ 10.300) – um desconto significativo de mais de 1 milhão de rúpias para os EVs convencionais da Tata.

A Tata fez incursões em carros econômicos com o Nano, compacto movido a gasolina, embora o modelo tenha fracassado devido a preocupações de qualidade. Ela está renovando o impulso para preços mais baixos em meio à crescente pressão para expandir sua presença no mercado elétrico, que está em rápida expansão.

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Na China, a BYD tem atendido à demanda por modelos de médio porte por meio das séries Dynasty e Ocean e está a caminho de vender mais de 2 milhões de novos veículos em 2022. A montadora agora está voltada para o crescente mercado do Sudeste Asiático e já se tornou um player popular em Cingapura.

Os veículos elétricos a bateria estão decolando “mais rápido do que o esperado” no sudeste da Ásia, especialmente na Tailândia e na Indonésia, de acordo com a LMC Automotive, com sede no Reino Unido.

“Há muito espaço para novos participantes penetrarem nos mercados automotivos do Sudeste Asiático, onde as marcas japonesas há muito dominam”, disse o pesquisador automotivo.

A SAIC-GM-Wuling, membro do SAIC Motor Group da China, lançou o compacto Air EV na Indonésia em agosto. O modelo custa cerca de 30% do Ioniq, da Hyundai Motor, e é mais barato do que as minivans movidas a gasolina que compõem grande parte das vendas das montadoras japonesas na região.

O Air EV agora detém mais de 70% das vendas de elétricos na Indonésia. Cerca de 300 foram usados como veículos oficiais para a cúpula do Grupo dos 20 (G20) em Bali no mês passado.

A montadora estatal chinesa Chery Automobile também está fazendo incursões na Indonésia. Anunciou planos de investir cerca de US$ 1 bilhão no país para construir uma fábrica com capacidade de produção anual de 200 mil veículos. Ele começará a vender veículos elétricos na Indonésia já em 2023, informou a mídia local.

No Vietnã, o conglomerado local Vingroup prometeu parar a produção dos veículos movidos a gasolina este ano. A empresa começou a exportar EVs com preços em torno da metade dos Tesla para os Estados Unidos no fim de novembro. Também reduziu os preços domésticos alugando baterias de EVs, que representam grande parte dos custos dos veículos, e aproveitando os incentivos do governo.

A Tesla está acelerando sua própria investida na Ásia em resposta à ascensão de players locais. A empresa decidiu entrar oficialmente na Tailândia, seu segundo mercado no Sudeste Asiático depois de Cingapura. A Tesla iniciará as entregas no primeiro trimestre do próximo ano e começará a estabelecer uma rede de centros automotivos e estações de recarga. O Model 3 terá preço inicial de 1,75 milhão de baht (US$ 50.400), cerca de um terço a menos do que um veículo importado comparável.

Enquanto isso, a série Ioniq, da Hyundai, encontrou fãs na Coreia do Sul, Europa e outros mercados. Ela tem como alvo clientes mais jovens na Indonésia, onde está competindo com os rivais chineses em preço.

A Yulon Motor também pode emergir como player em 2023. A montadora taiwanesa planeja iniciar a entrega do Luxgen n7, seu primeiro carro elétrico de varejo, no segundo semestre do ano.

A Foxconn, fornecedor da Apple, opera uma joint venture com a Yulon. Ela também produz veículos elétricos separadamente nos Estados Unidos e está fazendo parceria com a petrolífera estatal tailandesa PTT para construir uma fábrica na Tailândia.

As montadoras japonesas também estão fazendo esforços para manter o controle sobre os mercados asiáticos. A Toyota lançou recentemente o bZ4X na Tailândia, que é o seu primeiro veículo elétrico fora da marca Lexus. Ela planeja aproveitar os subsídios tailandeses de para os elétricos e assim expandir sua presença no país.

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