Campos Neto: agenda de tecnologia está no ‘DNA do BC’ e deve seguir com Galípolo

Presidente do BC comparou sucessão com uma 'corrida de bastão' e avalia que ideias de Gabriel Galípolo não devem mudar políticas da instuitição

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira (4) que a agenda de inovação em tecnologia do Banco Central é parte do DNA da instituição e deve continuar na próxima gestão, que será liderada por Gabriel Galípolo.

“Tenho certeza que o Gabriel vai ter ideias e vai imprimir as suas ideias, mas isso [a agenda de inovação] está dado. Não vejo sendo interrompido”, afirmou. Campos Neto fez a fala durante evento do Google para o lançamento do Pix por aproximação a partir da carteira do Google em aparelhos Android.

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O presidente do BC comparou a gestão na autarquia a uma corrida de bastão, frase que disse ter ouvido do seu antecessor, Ilan Goldfajn. “É natural que cada gestor vá tentar imprimir seu ritmo e seu direcionamento, isso é normal. […] É a mesma corrida de bastão, você pega o bastão, corre e espera que o próximo corra mais do que você”, disse.

Da mesma maneira, ele afirmou que a autonomia do Banco Central também “empoderou” as equipes técnicas do Banco Central. De modo, portanto, que a perspectiva é que projetos em andamento sejam mantidos.

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No horizonte dos pagamentos por aproximação, Campos Neto disse que tem “várias coisas que precisam se encontrar”. Ele afirmou que o futuro passa pelo “encontro final” de integração entre Pix, Drex e open finance e na internacionalização.

Padronização de pagamentos NFC no Brasil

De acordo com o presidente do BC, o tom da prosa para os meios de pagamento é a integração. Por aqui, padronizar os pagamentos por aproximação, via NFC. “Quem está com soluções alternativas vai ter que se enquadrar”, disse.

Por outro lado, a ideia é criar uma rede global, integrando o Pix a sistemas de pagamento existentes e novos em outros países.

Campos Neto afirmou, por exemplo, que o plano de uma moeda única em transações perde relevância com um sistema integrado. “Se a gente puder ter pagamentos instantâneos entre vários países com conversibilidade automática essa discussão perde muito da importância”, afirmou.

Portanto, o presidente do BC enxerga um horizonte em que seja possível fazer transações instantâneas em diferentes moedas a partir da integração entre o Pix e os sistemas de outros países.

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