Campos Neto: Vamos trabalhar com o próximo governo da melhor forma possível

Presidente do BC disse que o principal desafio no momento será encontrar uma forma de crescimento sustentável

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira que, diante do resultado das eleições presidenciais, o Brasil está “muito dividido”, mas disse que irá trabalhar com o próximo governo “da melhor forma possível”. “No caso do Brasil, foi 50-50. Muitas pessoas não estão felizes, mas essa é a beleza da democracia. Temos que trabalhar todos juntos para crescer, combater a inflação. E temos um Banco Central independente que vai trabalhar com o governo para isso.”

As declarações de Campos foram dadas em conferência organizada pelo Santander em Madri. De acordo com o dirigente, o principal desafio, neste momento, será encontrar uma forma de crescimento sustentável.

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Assim, ao lembrar da autonomia do BC, Ele apontou que irá trabalhar com o futuro governo para dar prosseguimento à agenda de promover inclusão no sistema financeiro e competição. Além disso, Campos lembrou que o atual governo conseguiu eleger muitos apoiadores tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.

Ao ser questionado sobre o processo inflacionário global e sobre as formas como os bancos centrais de países avançados estão combatendo a alta dos preços, Campos apontou que, neste momento, é algo positivo para o Brasil que os juros subam em outras economias. “Isso cria uma desinflação. O elemento da inflação global diminui para a gente”, defendeu o dirigente.

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Ele apontou, ainda, que o Brasil tem uma memória inflacionária muito forte e que esse fator ajudou a autarquia a começar a elevar a Selic antes da maior parte do globo e de forma tempestiva. “Quando colocamos tudo na equação, vimos que a inflação seria mais persistente e, então, agimos mais rapidamente, disse Campos, ao se referir à coordenação fiscal e monetária “sem precedentes” devido à crise gerada pela pandemia e aos problemas nas cadeias produtivas ao redor do globo.

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