Bolsas europeias fecham em alta mesmo com tensão na Ucrânia; setor bancário e de energia se sobressaem
Os investidores buscaram uma recuperação hoje, apesar da escalada nos conflitos, o que tem reduzido o fluxo para os papéis dos governos e elevado seus rendimentos
As principais bolsas europeias fecharam em alta nesta quarta-feira mesmo diante de um crescimento nas tensões da invasão russa na Ucrânia. Os investidores buscaram uma recuperação hoje, apesar da escalada nos conflitos, o que tem reduzido o fluxo para os papéis dos governos e elevado seus rendimentos. Não à toa, o setor bancário foi um dos mais beneficiados na sessão. Outro segmento que seguiu em alta foi o de energia, em meio ao avanço no preço do barril de petróleo para a marca de US$ 110.
No fim do pregão, o índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,95%, a 447,26 pontos. Entre as bolsas, o melhor desempenho ficou com Paris, cujo avanço foi de 1,81%, a 6.512,40 pontos. Londres subiu 1,49%, a 7.439,63 pontos, enquanto Frankfurt cresceu 0,69%, a 14.000,11 pontos. Em Milão o dia foi de ganhos de 1%, a 24.607,43 pontos e em Madri, de 1,63% a 8.322,07 pontos.
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Dos índices setoriais, um dos que mais se beneficiou hoje foi o financeiro diante de um retorno dos investidores aos ativos de risco e suas saídas dos papéis dos governos. Esse movimento elevou os rendimentos dos títulos e ajudou os bancos, que subiram 1,74%. O bund alemão de dez anos, próximo das 14h operava em alta, a 0,021%, de 0,010% da última sessão. As ações do HSBC subiram 2,50%, enquanto as do Commerzbank avançaram 2,69%.
O setor de energia foi outro a se beneficiar no dia (subindo +4,04%), diante de um avanço forte do petróleo Brent, a referência global. Perto das 14h, o contrato para maio da commodity avançava 4,63%, a US$ 109,83 por barril. Apesar do bom desempenho, permanece longe da máxima intradiária, de avanço de mais de 7%.
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Entre as ações, TotalEnergies fechou em alta de 8%, subindo quase 7% em Paris, acompanhando o avanço nos preços do petróleo e reagindo à decisão de não financiar projetos russos, em apoio às sanções do Ocidente. Na mesma bolsa, a Airbus fechou em alta de pouco mais de 5,5%, também após a fabricante de aeronaves interromper o fornecimento de peças à Rússia, por causa das medidas contra o país.
Como pano de fundo, é crescente a percepção de que a invasão russa em território ucraniano tende a ser mais prejudicial às economias europeias. Para analistas do ING, o “relativo isolamento” da economia dos Estados Unidos em relação à guerra na Ucrânia significa que o Federal Reserve pode manter seus planos de aperto monetário.
Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.