Banco da Amazônia faz acordo com BID Invest para aprimorar divulgação de riscos relacionados à natureza
O Banco da Amazônia (Basa) assinou um contrato com a consultoria do BID Invest — entidade que faz parte do Grupo Banco Mundial — para desenvolver um projeto que visa alinhar suas operações às recomendações do Taskforce on Nature-related Financial Disclosures (TNFD). Isso vai aprimorar e dar mais transparência na identificação, mitigação e divulgação de […]
O Banco da Amazônia (Basa) assinou um contrato com a consultoria do BID Invest — entidade que faz parte do Grupo Banco Mundial — para desenvolver um projeto que visa alinhar suas operações às recomendações do Taskforce on Nature-related Financial Disclosures (TNFD). Isso vai aprimorar e dar mais transparência na identificação, mitigação e divulgação de riscos relacionados à natureza, além de promover práticas sustentáveis dentro da instituição.
Nos últimos anos o Basa tem buscado fortalecer sua posição como um agente de desenvolvimento sustentável na região amazônica, alinhando suas operações às melhores práticas globais em relação à biodiversidade e riscos ambientais.
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Um dos principais definidores de padrões globais de sustentabilidade é o International Sustainability Standards Board (ISSB), que no ano passado divulgou a norma S1, com definições mais gerais sobre a divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade, e a S2, relacionada a questões climáticas. As recomendações da TNFD devem ser incorporadas pelo ISSB e se tornar, no futuro, o conjunto de normas S3.
Fábio Yassuda Maeda, diretor de relações com investidores do Basa, conta que durante um ano o BID Invest dará o apoio técnico para que o banco possa identificar quais dados ainda não reporta e que deveria reportar, e como fazer para coletar e estruturar esses dados. Isso abarca inclusive questões relacionadas à biodiversidade, como fauna e flora, ou seja, vai além de somente questões climáticas.
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“No mundo, poucas instituições financeiras já utilizam esses padrões de divulgação, e no Brasil somos os primeiros. Queremos assumir um papel de vanguarda no quesito de governança e transparência”, diz o diretor. Segundo eles, os requisitos do ISSB vão além do que é exigido pelas autoridades brasileiras, como o Banco Central (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Maeda explica que, para além dos efeitos de responsabilidade socioambiental, os novos padrões que estão sendo adotados pelo Basa podem eventualmente ajudar o banco a obter captações mais baratas, já que reforçam critérios ESG e certificam as boas práticas da instituição. O Basa acaba de assinar um termo de compromisso com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para uma linha de 80 milhões de euros e tem conversado com diversos outros órgãos multilaterais.
A realização da COP no próximo ano em Belém (PA), onde fica a sede do Basa, é outro incentivo para que a instituição amplie seus esforços ESG e comunique melhor suas iniciativas. “Nós estamos inseridos na Amazônia e buscamos reforçar esses valores dentro do banco. A COP vai acabar sendo uma plataforma, um ambiente para podermos transparecer tudo que a gente faz.”
*Com informações do Valor Econômico