Banco Central americano aumenta juros pela primeira vez desde 2018

O Federal Reserve sinalizou que vai fazer mais seis aumentos até o final de 2022, levando a taxa a 1,9% ao ano

Jerome Powell, presidente do Fed (Foto: Fed/Divulgação)
Jerome Powell, presidente do Fed (Foto: Fed/Divulgação)

O Fed (Federal Rserve, o banco central dos Estados Unidos) confirmou as expectativas e aumentou sua taxa básica de juros para entre 0,25% e 0,5% ano, de entre 0 e 0,25% ao ano. É a primeira elevação dos juros desde dezembro de 2018.

Havia alguns especialistas do mercado financeiro que estavam especulando sobre uma manutenção da taxa por causa das incertezas despertadas pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, mas o Fed optou por um aumento mais suave. “Aconteceu o melhor dos cenários. O Fed ainda está buscando alcançar o pleno emprego e a inflação na casa dos 2%, mas não está disposto a sacrificar demais a economia no curto prazo”, diz Felipe Veloso, economista e fundador da escola de investimentos e empreendedorismo com blockchain Cripto Mestre.

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O Fed prevê continuar com a sua estratégia anunciada no final de 2021, e sinaliza que voltrará a aumentar as taxas em todas as demais seis reuniões de 2022. Em dezembro, a taxa deve estar em 1,9% ao ano. O objetivo dos aumentos é segurar a inflação, que disparou com a falta de matérias-primas causada pela pandemia de Covid-19 e deve subir mais: o petróleo e os alimentos estão subindo em todo o mundo como efeito da guerra.

Os membros do comitê de política monetária do Fed elevaram também sua previsão para a inflação do consumidor neste ano para 4,5%, contra 2,7% em 2021. A projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano foi cortada de 4% para 2,8%. Atualmente, a inflação em 12 meses está em 7,9%. “A invasão da Ucrânia pela Rússia está criando enormes problemas humanitários e econômicos”, disse o Fed no comunicado em que anunciou sua decisão. “As implicações para a economia dos EUA ainda são muito incertas, mas, no curto prazo, a invasão e os eventos relacionados devem criar pressão adicional de alta na inflação e pesar na atividade econômica.”

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(Com agências internacionais de notícias)

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