Fed estará pronto para ampliar aperto monetário nos EUA, se necessário, indica ata

Inflação 'inaceitavelmente alta' ainda preocupa dirigentes do banco central norte-americano

Agente do mercado financeiro acompanha discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell - Foto: Brendan McDermid/Reuters
Agente do mercado financeiro acompanha discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell - Foto: Brendan McDermid/Reuters

Divulgada nesta quarta-feira (16), a ata da última decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) mostra uma preocupação dos dirigentes com a inflação persistente no país.

Assim, o documento deixa no radar a chance de um novo aumento dos juros até o fim de 2023.

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“Eles (integrantes) enfatizaram que a inflação permaneceu inaceitavelmente alta e que mais evidências seriam necessárias para que eles estivessem confiantes de que a inflação estava claramente a caminho do objetivo de 2%”, destaca o texto.

“Todos os membros concordaram que permanecem altamente atentos aos riscos de inflação e afirmaram que estão fortemente comprometidos em retornar a inflação ao seu objetivo de 2%”, prossegue.

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Conforme o documento, os membros concordaram que, ao avaliar a orientação apropriada da política monetária, continuariam a monitorar as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas.

“Eles estariam preparados para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado caso surgissem riscos que pudessem impedir o alcance das metas do comitê”, ressalta a ata.

Durante a discussão, os integrantes do Fed concordaram que a atividade econômica vinha se expandindo em um ritmo moderado. Eles também consideraram que os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa.

A inflação, mesmo em queda, havia permanecido elevada.

Os dirigentes também debateram o momento do sistema bancário dos EUA. Eles concordaram que o setor é “sólido e resiliente”.

Além disso, consideraram que condições de crédito mais rígidas para famílias e empresas provavelmente ainda vão afetar a atividade econômica, as contratações e a inflação, mas que a extensão desses efeitos era incerta.

A ata, por outro lado, mantém no panorama a chance de o ciclo de apertos ter chegado ao fim.

Isso porque os membros concordaram que, nas próximas decisões, levarão em consideração o aperto cumulativo da política monetária.

Para isso, os dirigentes sinalizaram que suas avaliações levarão em conta uma ampla gama de informações, baseadas em novos dados da economia americana, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, assim como pressões e expectativas inflacionárias.

No encontro do fim de julho, a taxa foi elevada em 0,25 ponto percentual, para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.

O próximo encontro do Fed está previsto para 19 e 20 de setembro.

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