Sofrendo com inflação, Argentina prepara câmbio especial para turistas

Intenção do governo de Alberto Fernández é trazer mais dólares para o Banco Central argentino

O Obelisco de Buenos Aires, monumento turístico localizado na 9 de julho, a avenida mais movimentada da capital da Argentina. - Foto: Pixabay
O Obelisco de Buenos Aires, monumento turístico localizado na 9 de julho, a avenida mais movimentada da capital da Argentina. - Foto: Pixabay

O governo da Argentina estuda aplicar um câmbio diferente de dólar para os turistas, com o propósito de incentivar a entrada da divisa no Banco Central Argentino. O anúncio foi feito pelo ministro do Turismo da Argentina, Matias Lammens, na manhã desta quarta (20).

O dólar blue, modalidade de troca da moeda norte-americana no mercado informal argentino, superou a barreira de 300 pesos argentinos nos últimos dias. Em comparação, o dólar oficial no país na manhã nesta quarta está cotado a 135,75 pesos argentinos, na venda.

Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

“Precisamos de dólares no Banco Central. Faremos um câmbio diferenciado para o turista, que queira liquidar seus dólares no mercado formal, pelo seu cartão de crédito ou outro meio”, detalhou Lammens.

A informação também foi confirmada pela porta-voz do governo, Gabriela Cerruti. Além disso, ela afirmou que novas medidas serão tomadas pela equipe da ministra da Economia, Silvina Batakis, nos próximos dias.

Últimas em Economia

Cerruti ainda reiterou que o dólar blue “não tem impacto na economia real” e afirmou que o governo argentino compreende a “sensação de insegurança que gera a informação a cerca do dólar blue”.

Inflação alta na Argentina

A inflação da Argentina acumulou novo mês de alta e atingiu o patamar de 64% na medida anual em junho. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), que também divulgou o acumulado da inflação do país para o primeiro semestre deste ano, que foi de 36,2%.

É o pior patamar desde 1992.

Os números foram os últimos da gestão do ex-ministro da Economia do país, Martín Guzmán, que deixou o cargo para dar lugar a Silvina Batakis.

Os setores de energia e combustíveis foram especialmente afetados nos últimos meses na Argentina, que diante do aumento dos custos mundiais, sofreu com alta nas contas de luz e escassez de diesel, que provocou protestos pelo país.

Com informações de El Clarín e La Nacion

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

Mais em Argentina


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS