Argentina amplia acordo de swap em yuan e BC local intervém no câmbio dias antes de eleição

Ministro diz que iniciativa fortalece as reservas e dá 'capacidade de manobra' ao BCRA nos mercados financeiros

Detalhe de cédula do Yuan, a moeda da China. Foto: Dado Ruvic/Illustration/File Photo/Reuters
Detalhe de cédula do Yuan, a moeda da China. Foto: Dado Ruvic/Illustration/File Photo/Reuters

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, se reuniu nesta quarta-feira (18) com o presidente da China, Xi Jinping. Em sua conta no X (ex-Twitter), Fernández disse que Xi ratificou a ampliação do acordo de swap de 47 bilhões de yuans (US$ 6,5 bilhões) entre os dois países.

“É uma garantia para que a Argentina siga crescendo com produção e trabalho”, afirmou o líder argentino.

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Em comunicado, o Banco Central da República Argentina (BCRA) confirma a ativação da segunda parcela do acordo de swap cambial em yuans, “que podem ser aplicados a objetivos de desenvolvimento do comércio bilateral e para a estabilidade dos mercados financeiros na Argentina”.

O presidente do BCRA, Michel Pesece, se reuniu com o do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Pan Gongsheng.

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O quadro no país latino-americano, porém, é de cautela nos mercados, antes do primeiro turno eleitoral marcado para domingo.

O ministro da Economia, Sergio Massa, também candidato governista na disputa, afirmou que a ampliação do acordo de swap com a China fortalece as reservas e dá “capacidade de manobra” ao BCRA nos mercados financeiros, bem como ajuda a “acelerar os pagamentos de importações”, reportou o jornal Ámbito Financiero.

O mesmo diário comentava nesta quarta-feira (18) que o dólar futuro tinha “baixa forte”, enquanto diminuíam as expectativas de desvalorização cambial. No mercado paralelo, o chamado dólar blue recuava pela manhã.

Já Martín Castellano, diretor de pesquisa em América Latina do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), comentou no X que o acordo com a China era, na sua avaliação, um empréstimo custoso de curto prazo, com usos limitados.

Na avaliação dele, essa medida com foco no curto prazo “poderia retardar o ajuste e atender os próximos pagamentos ao FMI ao custo de desequilíbrios maiores em 2024”.

Com informações do Estadão Conteúdo

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