Ações da Hypera têm dia de Petrobras e volume negociado se aproxima de R$ 1 bi
As ações ordinárias da Hypera (HYPE3) subiam 2,61%, cotadas em R$ 26, 34, perto do fechamento do pregão na B3, após anunciar o recebimento de uma oferta de combinação de negócios da EMS. Com isso, a farmacêutica reverteu uma queda que chegou próxima a 20% nas primeiras horas da sessão. O volume envolvendo as ações […]
As ações ordinárias da Hypera (HYPE3) subiam 2,61%, cotadas em R$ 26, 34, perto do fechamento do pregão na B3, após anunciar o recebimento de uma oferta de combinação de negócios da EMS. Com isso, a farmacêutica reverteu uma queda que chegou próxima a 20% nas primeiras horas da sessão.
O volume envolvendo as ações já chegam a R$ 949 milhões, o segundo maior giro de negócios na bolsa brasileira nesta segunda-feira (21), ficando somente atrás de Vale, com R$ 997,5 milhões.
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Esse já é também o terceiro maior volume de negociações na história da Hypera, ficando somente atrás do giro de R$ 1,73 bilhão em junho de 2023 e R$ 1,24 bilhão em dezembro de 2010.
Em termos proporcionais, considerando a participação do volume das ações da Hypera no total do Ibovespa, o giro desta segunda-feira é maior do que o que ela teve no seu dia de maior negociação.
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A farmacêutica confirmou o recebimento de uma proposta da NC Farma Participações, controladora da EMS, uma proposta de oferta pública de aquisição de ações e de combinação de negócios.
A EMS, controlada pelo empresário Carlos Sanchez, propõe a combinação com a .
O dia começou com uma forte queda nos papéis da derretendo na bolsa, a EMS decidiu antecipar o cronograma e apresentar os termos.
Em relatório, profissionais do Goldman Sachs cortaram o preço-alvo dos papéis de R$ 37 para R$ 31,50 e reiteraram recomendação neutra. Na visão dos especialistas Gustavo Miele e Emerson Viera, o anúncio de redução nos seus recebíveis para equalizar a estrutura de capital de giro é “positivo” por melhorar a geração de caixa.
Porém, os analistas do Goldman afirmaram que a medida irá reduzir materialmente o lucro no curto prazo. Não à toa, o banco reduziu em 21% a estimativa de lucro em 2025, incorporando também a prévia de resultados do terceiro trimestre bem mais fraca do que o previsto divulgada pela Hypera.
As estimativas para a companhia em 2026, por sua vez, ficaram inalteradas. Os analistas do Goldman acreditam que os ajustes nos estoques e nos recebíveis já terão sido concluídos e que a Hypera terá retomado o crescimento.
Já analistas do Bradesco BBI cortaram as estimativas de lucro da Hypera em 25% no ano que vem e em 7% em 2026 por causa dos efeitos do novo programa nas receitas e nas margens da empresa.
No entanto, os especialistas do BBI afirmaram que há um potencial a ser destravado caso a empresa alcance as sinergias esperadas. O Bradesco BBI elevou o preço-alvo dos papéis de R$ 34 para R$ 35, mas manteve a recomendação neutra para o papel.
Em nota, analistas do Santander também comentaram sobre o anúncio e destacaram que ele decorre do nível de alavancagem elevado da companhia e da expectativa de juros mais altos daqui para frente.
“Acreditamos que podemos ver mais companhias com alavancagem alta reduzindo capex [investimento] ou financiamento aos clientes. Notícia ruim para o PIB”, observaram os especialistas do Santander em nota enviada a clientes.
*Com informações do Valor Econômico