A revolução do ChatGPT: ganha quem souber usar a ferramenta ao seu favor

A inteligência artificial é a bola da vez. Mas você sabia que o conceito já existe desde 1956, com um professor chamado John McCarthy da Universidade de Dartmouth, em Hanover, nos Estados Unidos? Mas por que só agora que virou tão mainstream? Explico: pela primeira vez, o poder da IA pode ser sentido diariamente pelo grande público. E, com isso, o conceito fica menos etéreo e mais tangível. Como? Através do tão comentado ChatGPT, sistema da empresa OpenAI.

Lançado em Novembro de 2022 pela organização americana OpenAI, o ChatGPT é uma ferramenta que usa inteligência artificial para simular diálogos quase perfeitamente humanos. De forma simples, ele é basicamente um chatbot (ou robô virtual) que é capaz de gerar conteúdos escritos a partir de uma base de dados gigante.

Popularização impressionante

A ferramenta é treinada para interagir proporcionando uma experiência muito próxima de uma conversa humana. Por enquanto, a partir de perguntas dos usuários, o ChatGPT consegue gerar textos escritos de forma natural e coerente. Por exemplo, ele é capaz de resumir textos, fazer um roteiro de viagem, redigir um e-mail, escrever um trabalho acadêmico, dar dicas de receitas culinárias – entre outras tantas coisas. Antes que você se pergunte, não – essa coluna não foi gerada através do ChatGPT!

Sua popularização foi impressionante: em apenas cinco dias, ele atraiu um milhão de usuários, se tornando a plataforma tecnológica com o maior índice de crescimento já visto. Para fins de comparação, o Instagram levou 2 meses e meio para atingir esse número. Já o Facebook levou 10 meses. O ChatGPT se tornou rapidamente o termo mais buscado na internet e deixou o Google de cabelo em pé. Já a Microsoft, agiu rápido, e investiu 10 bilhões de dólares na Open AI, empresa que já vale 29 bilhões de dólares. O objetivo da Microsoft é integrar o ChatGPT em sua plataforma de pesquisa, o Bing, e em outros produtos.

Evolução no mercado de tecnologia

Como a evolução no mercado de tecnologia, naturalmente estamos gerando cada vez mais dados. Essas ferramentas utilizam esses dados para serem treinadas – e, naturalmente, com a pluralidade de dados, cada vez mais ferramentas surgem. O ChatGPT veio puxando a fila, e já vemos todos os setores usando.

Vale mencionar que a ferramenta não é perfeita: seus conhecimentos são baseados em dados colocados na internet até 2021. Além disso, dependendo de como o usuário dá as instruções, as respostas podem ser incorretas, então importante sempre diligência nos resultados produzidos – a avaliação humana continuará sendo fundamental. Neste início de 2023, em grande parte das famosas previsões para o ano, a Inteligência Artificial aparece com destaque. Provavelmente, neste ano, a tecnologia ainda vai desenvolver bastante e consequentemente haverá um aumento nas funções usadas pelo grande público.

O brasileiro, que adora uma inovação, está usando a ferramenta para valer. De acordo com uma pesquisa recente da consultoria FrontierView, a IA pode contribuir para um crescimento de 4,2% do PIB brasileiro até 2030. Se engana quem acha que a inteligência artificial irá nos substituir ou nos tronar obsoletos. Muito pelo contrário, ganha quem souber usar essas ferramentas ao seu favor para assim aumentar a própria produtividade. E você? Já testou o ChatGPT?

Por Julia De Luca, especialista em tecnologia e investimentos no IB do Itaú BBA e colunista íon. Artigo originalmente publicado na coluna mensal ‘Tête-à-Tech’, no Feed de Notícias do íon Itaú. Para ler este e outros conteúdos, acesse ou baixe o app agora mesmo.