25,9 milhões de pessoas têm dinheiro ‘esquecido’ em bancos; solicitação de recebimento começa na segunda
O BC estima que há cerca de R$ 8 bilhões em valores a serem devolvidos, mas nesta primeira fase do serviço estão disponíveis R$ 3,9 bilhões
A solicitação do recebimento de recursos “esquecidos” por clientes em instituições financeiras começa na próxima segunda-feira. Entre aqueles que já realizaram a consulta, 25,9 milhões de pessoas têm valores a receber, de acordo com balanço da autoridade monetária até meia-noite de sexta-feira (25).
Ao todo, o site recebeu 116,8 milhões de acessos, entre pessoas físicas e jurídicas.
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A maior parte dos acessos foi feita por pessoas físicas (114 milhões). Desse total, 88,16 milhões não tinham dinheiro esquecido. As empresas representaram 2,72 milhões das buscas, entre as quais 253,4 mil tinham saldo e 2,47 milhões não tinham.
Segundo o BC, a partir da próxima segunda os cidadãos poderão ver seus saldos e pedir o resgate dos valores na data agendada no momento da consulta.
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Para solicitar o recebimento, o interessado deve acessar o site . Caso ele não saiba qual é a sua data, deve visitar novamente o site e verificar a qualquer momento, não é necessário esperar o dia 7.
Para pedir o saque, o consumidor precisa ter login nível prata ou ouro no portal do governo Gov.br. As classificações são feitas de acordo com o nível de verificação e confiabilidade dos dados informados pelo cidadão, como validação facial via aplicativo, com base na CNH ou checagem de dados via internet banking de banco credenciado.
Se a pessoa ainda não possuir conta nesse nível, deve seguir as instruções para aumentar o nível (se a conta for bronze) no site ou no aplicativo Gov.br. O BC orienta que o cidadão eleve o nível do cadastro para prata ou bronze antes do dia da solicitação de resgate.
Depois, é preciso ler e aceitar o termo de responsabilidade para consultar o valor a receber, a instituição que deve devolver o dinheiro, a origem e informações adicionais, quando for o caso.
Se aparecer “solicitar por aqui”, significa que a instituição oferece a devolução do valor via Pix no prazo de até 12 dias úteis. Nesse caso, é só selecionar uma das chaves e informar os dados pessoais.
É importante guardar o número de protocolo, caso precise entrar em contato com o banco.
Na opção “solicitar via instituição”, o banco não oferece a devolução por Pix. Dessa forma, o cliente deve entrar em contato pelo telefone ou e-mail informado para combinar a forma de devolução do valor.
“Na tela de informações dos valores a receber, o cidadão deve consultar os canais de atendimento da instituição clicando no nome dela”, ressaltou o BC.
No momento da consulta, as datas são geradas apenas para quem tem dinheiro no sistema. Nesse primeiro momento, quem tem login bronze consegue ver se tem ou não valores a receber, mas precisa elevar o nível para pedir o ressarcimento.
Aqueles que acessaram o sistema e não encontraram recursos poderão consultar novamente quando a autoridade monetária liberar nova etapa.
O BC estima que há cerca de R$ 8 bilhões em valores a serem devolvidos, mas nesta primeira fase do serviço estão disponíveis R$ 3,9 bilhões. O acesso aos outros R$ 4,1 bilhões será liberado nas próximas etapas.
Em mensagem no site, o BC informou que novo acesso poderia ser feito a partir de 2 de maio para saber se terá recursos a serem restituídos em “novo período de consulta”.
A autarquia, no entanto, não confirmou a data e ressaltou que as próximas fases estão sendo reprogramadas.
O Sistema Valores a Receber (SVR) foi suspenso em 25 de janeiro, um dia depois do lançamento, e voltou a funcionar no último dia 14. Na época, o excesso de demanda derrubou o site do BC, que ficou mais de 24 horas fora do ar. Para resolver o problema, a autoridade monetária criou um site específico no domínio Gov.br, que reúne outros serviços do governo.
Quando o sistema foi lançado, o BC informou que na primeira etapa constam valores remanescentes de contas encerradas, tarifas e parcelas cobradas indevidamente (previstas em termo de compromisso com o BC), cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
Nas próximas fases, conforme divulgado pela autarquia na época, serão disponibilizados para consulta valores decorrentes de tarifas e parcelas cobradas indevidamente (previstas ou não em termo de compromisso), contas em instituições de pagamento ou corretoras de investimento encerradas com saldo remanescente e outras situações que impliquem em valores a devolver.
Com Valor Pro.