‘É ilusório achar que reforma administrativa vai representar grandes cortes de despesa’, diz Haddad
A afirmação do ministro da Fazenda foi feita em jantar promovido pelo grupo Esfera Brasil, em Brasília
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite desta quarta-feira que “é ilusório achar que reforma administrativa vai representar grandes cortes de despesa”. A afirmação foi feita em jantar promovido pelo grupo Esfera Brasil, em Brasília.
Segundo ele, a reforma administrativa não “precisa ir na frente da tributária”. Haddad afirmou que os altos salários dos servidores estão no Judiciário e Legislativo e que é preciso “mais transparência”.
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O ministro também disse que “há várias brechas para criar penduricalhos” sobre os quais não incide o Imposto de Renda (IR) atualmente.
A respeito de política monetária e inflação, afirmou que a trajetória de preços no Brasil “só está perdendo para Israel e Japão”.
Também disse que “todo mundo está com juros reais negativos [entre os países], com raríssimas exceções”.
O ministro afirmou que a separação entre política monetária e fiscal “não existe mais em nenhum lugar do mundo” e defendeu que é preciso “fortalecer mais” o Conselho Monetário Nacional (CMN).
Ainda afirmou que “estamos no rescaldo” das propostas de emenda à Constituição (PECs) do ano passado, que segundo ele tiveram custo fiscal elevado. “Cada ano é uma PEC”, disse.
Por fim, afirmou que é importante “não ter a velha mentalidade de ficar dando subsídio” para a indústria.