Payroll tempera dinâmica de dólar e juros futuros

Contrato de DI para janeiro de 2023 tem leve queda, e moeda americana recua 0,6%, para R$ 4,7307

(Foto: Pexels)
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O payroll de março nos Estados Unidos, que pode influenciar as apostas para a condução de política monetária pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano), deve temperar o andamento dos negócios domésticos. Os juros futuros, que tiveram em março uma tendência de “fechamento” (queda), têm o potencial de iniciar abril se ajustando em alta, na esteira do avanço dos rendimentos dos Treasuries em meio às perspectivas “hawkish” (conservadoras) para o Fed.

Nesta manhã, o yield da T-note de dois anos cresce cinco pontos-base, para 2,396%; já o rendimento do Treasury de dez anos aumentava sete pontos-base, a 2,41% — a divulgação do payroll ocorre em meio ao aumento de discussões sobre recessão nos EUA, após a breve inversão da curva de juros no país.

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No Brasil, o contrato de DI para janeiro de 2023 começou o dia em 12,74%, levemente acima do fechamento de ontem, que ficou em 12,73%. O dólar comercial recuava 0,6%, vendido a R$ 4,7307.

Hoje, as apostas do mercado são de que o Fed promoverá elevações de 0,5 ponto percentual nas próximas três reuniões, em maio, junho e julho, segundo os contratos futuros do CME Group — a taxa dos Fed funds atualmente está na faixa entre 0,25-0,5%. A depender da leitura do dado, os agentes financeiros podem interpretar que o Fed terá de ser apressado na normalização da taxa de juros, o que resultaria em aumento das apostas no ritmo de alta de juros. A estimativa do mercado para o payroll de março é de uma geração de 490 mil postos de trabalho e taxa de desemprego de 3,7%.

Já o dólar registra viés de alta contra rivais fortes nesta manhã antes do payroll, na medida em que o ICE Dollar Index (DXY) ganha 0,2%, cotado a 98,5 pontos. A divisa americana dava sinais mistos contra pares emergentes, caindo 0,17% ante o peso mexicano, mas subindo 0,22% diante da lira turca e mantendo-se ianlterado em relação ao rand sul-africano. Na véspera, o dólar comercial caiu em direção aos R$ 4,75 e, assim, já acumula queda de 15% no ano.

Domesticamente, participantes de mercado ficam atentos à divulgação dos números da produção industrial de fevereiro, pelo IBGE.

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