Onda favorável a Donald Trump acende alerta ao mercado financeiro para dólar, juros e inflação

Agentes econômicos estão preocupados com a possibilidade da uma vitória do partido Republicano no próximo dia 5 de novembro

Donald Trump tem mais chance de vencer a eleição, aponta pesquisa Foto: Wikimedia Commons

O momento ligeiramente favorável de Donald Trump na corrida para a Casa Branca, expresso pelas últimas pesquisas de intenção de voto, acende a luz amarela no mercado financeiro com relação ao futuro da economia dos Estados Unidos.

Os agentes econômicos estão preocupados com a possibilidade da uma vitória do partido Republicano no próximo dia 5 de novembro. Isso, tanto na Casa Branca quanto no Congresso. E com esse resultado, os impactos negativos de uma política expansionista e protecionista para o dólar, a inflação e a curva de juros do país.

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A Julius Baer – family office com cerca de US$ 500 bilhões – foi direto ao ponto. Em relatório publicado nesta terça-feira (22), o economista da casa suíça, David Meier, disse que Trump vitorioso representa uma piora nas expectativas.

“A potencial incerteza política no caso de uma vitória esmagadora de Trump é, assim, um risco negativo”, afirmou.

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O raciocínio do estrategista da Julius Baer é de que as políticas defendidas por Donald Trump podem aumentar os déficits fiscal e comercial americanos.

“Ao contrário das visões generalizadas de que as políticas reflacionárias de Trump impulsionariam o crescimento dos EUA, fortalecendo o dólar, vemos riscos de queda do dólar”, diz Meier.

Donald Trump e a taxa de juros

Para o BTG, “o impacto da maior probabilidade de uma varredura republicana nas eleições de novembro”, é causa da atual “aversão a risco no mercado”.

Neste momento, aponta o banco, essa sensação se reflete no achatamento da curva de juros da maior economia do mundo. O cenário que se espera, caso Donald Trump se sagre vitorioso em novembro, “é o de menos cortes de juros em 2025”.

“Na ausência de novos indicadores macro relevantes, então, os membros do Fed não ofereceram novos insights sobre a posição atual do comitê”, pontua o relatório do banco de André Esteves. “Com o mercado precificando em 40 pontos-base de cortes este ano e uma taxa terminal de 3,38%”, destaca.

Entenda os motivos de risco

No mesmo relatório, porém, o BTG afirma que, apesar do risco macro, a temporada de publicação de balanços financeiros deverá manter uma agenda positiva para os ativos de renda variável.

“A micro agenda continuará a ganhar espaço com o avanço da temporada de lucros, que ainda assim está em seus estágios iniciais”, pontua.

O UBS vai na mesma linha sobre Donald Trump e Kamala Harris. O banco suíço diz que o resultado das eleições pode demorar quase um mês. Mas afirma que, por mais incerta que seja, as eleições não são motivos para abandonar as empresas americanas.

“Os S&P alcançou na última sexta-feira seu 47º recorde. Isso, após seis semanas de ganhos consecutivos, o mais longo rali do ano”, aponta o banco.

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