Dólar sobe com ata do Fed e fluxo negativo para o exterior

Moeda americana chegou a R$ 4,75 na máxima do dia

Neste semestre, o dólar sofreu uma queda de 9,27%, a maior em sete anos. (Foto: Pixabay)
Neste semestre, o dólar sofreu uma queda de 9,27%, a maior em sete anos. (Foto: Pixabay)

Após abrir em queda, o dólar comercial inverteu o movimento e passou a subir na manhã desta quinta-feira. Analistas enxergam o movimento como uma ressaca da ata, divulgada ontem, da última reunião do reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

Por volta das 10h55, a moeda subia 0,70%, sendo negociada a R$ 4,7498 no mercado a vista. Na máxima intradiária, chegou a R$ 4,7518. No mercado futuro, o contrato de maio do dólar seguia a mesma tendência, subindo 0,53%, a R$ 4,7760.

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No exterior, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de seis divisas fortes, recuava 0,10%, para 99,50 pontos no mesmo horário. O dólar opera em alta entre a maioria das outras divisas emergentes, avançando 0,58% contra o rand sul-africano, 0,28% ante a lira turca e subindo 0,68% na comparação com o peso chileno.

Ontem, a ata do Fed indicou que os integrantes do Fomc esperavam elevar a meta de juros de referência em 0,5 ponto percentual nas próxima reunião, marcada para maio, e que vários deles favoreciam uma movimentação mais agressiva já em março, mas foram dissuadidos pelas incertezas em torno da invasão da Ucrânia.

Para Marcos Mendes Trabbold, coordenador de câmbio da B&T Corretora, além de um “resquício do Fed”, o movimento do câmbio pela manhã também pode ser uma realização de lucros. O sócio diretor da Pronto! Invest, Vanei Nagem, ressalta que a moeda ainda está muito volátil pela manhã e que ainda pode mudar de rumo ao longo do dia. Entretanto, ele pondera: “tem uma saída de fluxo estrangeiro da bolsa, o que significa fluxo negativo do dólar. Um volume pequeno, mas que já demonstra uma mudança das últimas semanas”, disse.

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