Ibovespa fecha em queda pelo sexto pregão seguido; dólar reduz alta após tocar R$ 4,94

Agentes financeiros repercutiram cenário externo, ata do Copom e balanços de Itaú Unibanco e Eletrobras

Painel mostra desempenho do mercado de ações na B3. Foto: Cris Faga/NurPhoto/Reuters
Painel mostra desempenho do mercado de ações na B3. Foto: Cris Faga/NurPhoto/Reuters

A bolsa teve um dia marcado pela cena externa negativa, que puxou para baixo a bolsa brasileira e favoreceu a valorização do dólar na sessão desta terça-feira (8).

Os agentes financeiros ainda repercutiram a ata do Copom, novos balanços corporativos do segundo trimestre, mas os dados das exportações e importações da China reacenderam as preocupações com a perda de fôlego da demanda global e frustram os negócios.

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O Ibovespa recuou 0,24%, aos 119.090 pontos. Assim, o índice fecha com a sexta queda consecutiva.

O dólar avançou 0,06%, cotado a R$ 4,8976. A moeda americana chegou a subir a R$ 4,94 na máxima.

Ata do Copom

No ambiente doméstico, a ata do Copom reforçou a expectativa de um novo corte de 0,50 ponto percentual da taxa Selic em setembro. O comitê avalia como ‘pouco provável’ uma aceleração do ritmo de queda dos juros no momento. Além disso, o colegiado fez questão de registrar no documento que o Banco Central não será leniente no combate à inflação.

Balanços

Na esfera corporativa, entre os destaque estão os balanços de Itaú Unibanco e Eletrobras.

O banco informo um lucro líquido de R$ 8,74 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 13,9% ante o mesmo período de 2022.

Já o lucro da empresa de energia cresceu 16% no período na comparação anual, para R$ 1,619 bilhões.

Mas os papéis dessas empresas fecharam em direções opostas: queda de 0,22% para o Itaú (ITUB4) e ganhos de 0,90% para a Eletrobras (ELET6).

Melhores e piores ações da bolsa

A Hapvida (HAPV3) ficou entre as ações que mais se valorizaram no pregão desta terça-feira. As ações da operadora de saúde subiram na véspera da apresentação do seu balanço.

Outro destaque do dia foi a Ser Educacional (SEER3). Os papéis do setor de educação foram favorecidos pela “expectativa de mais quedas de juros nas próximas reuniões (do Copom), disse Ricardo Brasil, fundador da Gava, em comunicado. A ideia “foi reforçada na ata do Copom”, divulgada nesta terça.

Por outro lado, o Grupo SBF (SBFG3) ficou com a pior queda do dia, após perder um quarto do valor das suas ações. Os papéis derreteram após apresentação do balanço, no qual a dona da Centauro apresentou prejuízo de R$ 32,6 milhões no segundo trimestre de 2023.

O ranking de maiores altas e baixas da bolsa contempla ações que movimentaram mais de R$ 1 milhão durante a sessão. As cotações foram atualizadas às 17h30 e estão sujeitas a alterações.

Veja a lista das maiores altas

  • Westwing (WEST3) +30,00%
  • Ser Educacional (SEER3) +8,78%
  • Sequoia (SEQL3) +7,55%
  • Banco Pine (PINE4) +6,65%
  • Hapvida (HAPV3) +6,08%

Maiores quedas

  • Grupo SBF (SBFG3) -25,77%
  • Kora Saúde (KRSA3) -15,34%
  • Petz (PETZ3) -6,10%
  • Dexco (DXCO3) -5,36%
  • Vulcabras (VULC3) -3,77%

Bolsas de Nova York

Lá fora, o que azedou o humor do mercado no dia, o saldo da balança comercial da China teve superávit de US$ 80,6 bilhões, acima dos US$ 70,3 bilhões esperados, mas que decepcionou fortemente nos dados de exportações e importações.

As exportações chinesas recuaram 14,5% na comparação anual de julho, queda acima dos 12,5% previstos. Já as importações tiveram redução de 12,4%, contrariando projeções de baixa de 5,1%.

A semana ainda reserva dados de inflação (CPI) nos Estados Unidos e que vão servir de base para os agentes calibrarem suas expectativas com os rumos da política monetária.

A cautela favorece a busca por ativos de proteção, o que é ruim para o mercado de ações no geral e tende a fortalecer o dólar.

Dessa maneira, os principais índices das bolsas de Nova York encerraram a sessão em queda. O Dow Jones caiu 0,45%, a 35.314 pontos. O S&P 500 recuou 0,42%, a 4.499. Por fim, a Nasdaq encerrou o pregão em baixa de 0,79%, a 13.884 pontos.

Europa

As bolsas da Europa fecharam em queda nesta terça-feira, com Milão e Frankfurt caindo mais que os pares, motivadas por um imposto surpresa da Itália sobre os lucros do setor bancário e pela resiliência inflacionária na Alemanha.

O governo italiano anunciou na segunda-feira, 7, após o fechamento dos mercados, que cobrará um imposto de 40% sobre os lucros excedentes de 2023 do setor bancário do país. Segundo o BMO, o “imposto surpresa” vai gerar US$ 2,2 bilhões ao país.

Na Alemanha, o índice de preços ao consumidor (CPI) desacelerou a 6,2% em julho, mas sinaliza uma reação lenta na contenção da alta de preços na maior economia da Europa, afirmou a Pantheon.

Acionistas do Reino Unido se debruçaram nesta terça sobre os resultados trimestrais da mineradora Glencore, que acumulou uma das maiores perdas do pregão no FTSE 100 e recuou 2,59%.

Com isso, em Londres, o FTSE 100, caiu 0,36% a 7.527 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou recuando 1,10%, a 15.774 pontos. O CAC 40, em Paris, perdeu 0,69%, a 7.269 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 2,12%, a 27.942 pontos.

Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,61%, a 9.301 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,08%, a 6.035 pontos.

Com informações do Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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