Dólar cai até R$ 5,28 em dia de liquidez reduzida

Feriado nos EUA limita negócios no início da semana

(Foto: Pixabay)
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pós mostrar volatilidade ao longo da manhã, o dólar comercial firmou-se na queda, chegando a alcançar o nível de R$ 5,28 na mínima intradiária até o momento. A segunda-feira é marcado pela menor liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos. Apesar disso, os ganhos nas bolsas que estão operando, somados à valorização do petróleo, acabam favorecendo o real. Ao mesmo tempo, por aqui, o noticiário político segue no radar, com a tramitação da “PEC das Bondades” na Câmara dos Deputados.

Por volta das 14h10, o dólar operava em queda de 0,26%, a R$ 5,3066 no mercado à vista. Na mínima do dia, foi a R$ 5,2879. Já no mercado futuro, o dólar para agosto recuava 0,45%, a R$ 5,3485.

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No exterior, no mesmo horário acima, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de seis moedas fortes, opera estável, com leve alta de 0,02%, aos 105,16 pontos. Na comparação com outras divisas emergentes além do real, o dólar subia 0,03% ante o peso mexicano, 0,04% ante o rand sul-africano, 0,37% ante a lira turca e caía 0,58% em relação ao peso chileno.

Hoje, nos Estados Unidos, é celebrado o Dia da Independência. Por isso, os índices acionários de Nova York não operam o que, por sua vez, diminui a liquidez global dos mercados, impactando o desempenho dos ativos locais. “É natural que haja uma volatilidade um pouco maior”, disse Rafael Pacheco, economista da Guide Investimentos, se referindo as oscilações vistas pela manhã.

Já o campo doméstico traz ventos contrários para o mercado de câmbio. As atenções estão em Brasília, na tramitação da “PEC das Bondades”, que tem custo fiscal estimado em R$ 41 bilhões, na Câmara dos Deputados. “A tramitação da PEC na Câmara tende a pressionar o dólar para cima, devido ao risco fiscal”, comenta o economista da Guide.

A mesma visão é colocada pelos profissionais da Armor Capital em relatório semanal. “Vislumbramos maior número de fatores de depreciação da moeda [o real] no curto prazo, em relação aos de apreciação que seguem sendo: o diferencial de juros e as surpresas positivas com atividade no curto prazo”, diz o documento.

Segundo a Armor, a elevação do risco fiscal continua impactando os prêmios de risco e a moeda. “O segundo semestre tende a exibir uma sazonalidade mais adversa em relação ao fluxo cambial com a redução do saldo comercial e maiores concentrações de remessas de dividendos, amortizações de dívida e pagamentos de juros (em especial, no último trimestre). Por fim, há a processo eleitoral que promete gerar volatilidade e tendência de depreciação na moeda, tendo em vista o discursos populista de ambos os candidatos mais bem posicionados.”

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