Dólar fecha em alta de olho no Fed e PEC dos Precatórios

No exterior, crescem as apostas de uma redução mais acelerada de estímulos nos Estados Unidos, mesmo num momento em que crescem temores sobre a variante ômicron do coronavírus

Os mutual funds investem em ações, títulos de renda fixa, instrumentos de mercado monetário de curto prazo e outros valores mobiliários ou ativos -
Foto: Pixabay
Os mutual funds investem em ações, títulos de renda fixa, instrumentos de mercado monetário de curto prazo e outros valores mobiliários ou ativos - Foto: Pixabay

O dólar fechou em alta de 0,59%, cotado a R$ 5,6703, valor máximo do dia, nesta quarta-feira (1), conforme a PEC dos Precatórios avança no Senado e os ativos de risco no exterior davam sinais de recuperação após o pregão negativo do dia anterior. Com o resultado, a moeda norte-americana acumula avanço de 9,31% no ano

Se a sinalização inclinada à retirada de estímulos dada ontem pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, apenas limitou as perdas do dólar no pregão da véspera, hoje a mensagem ecoou de forma mais firme nos mercados de câmbio globais.

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Embora o dirigente não tenha avançado em nada relativamente ao que disse no Senado, o depoimento dado na na Câmara dos Deputados hoje serviu para reforçar que o Federal Reserve vai, sim, discutir a aceleração da normalização da política monetária no país.

Em seu depoimento à Câmara , Powell voltou a dizer que o Fed deve discutir uma aceleração do plano de redução de compras de ativos na reunião deste mês. “Não podemos agir como se tivéssemos certeza de que a inflação vai cair em 2022”, comentou.

“É até difícil conciliar o fechamento dos juros das treasuries e a alta do euro vista desde ontem, um dia em que Powell confirmou que pode acelerar o processo do ‘taper’”, nota Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos. “Por outro lado, é preciso contextualizar que o euro veio de US$ 1,18 para US$ 1,12 em pouquíssimo tempo, então acredito que parte disso foi uma consolidação. Ainda assim, o cenário segue sendo de dólar mais forte.”

No Brasil, acrescenta o profissional, o fato de que o real tem tido performance abaixo dos pares nos últimos pregões pode ser reflexo da saída sazonal de recursos de fim de ano, em meio à remessa de lucros e dividendos. Hoje, o Banco Central (BC) injetou US$ 1 bilhão no mercado via leilão de linha, operação que envolve a venda com compromisso de recompra de dólares e é tradicional no último mês do ano.

Com Valor Econômico.

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