Dólar cai a R$ 5,41 com exterior positivo

Sem grandes novidades no mercado internacional, divisa perdeu valor ante outras moedas no mundo todo

Os mutual funds investem em ações, títulos de renda fixa, instrumentos de mercado monetário de curto prazo e outros valores mobiliários ou ativos -
Foto: Pixabay
Os mutual funds investem em ações, títulos de renda fixa, instrumentos de mercado monetário de curto prazo e outros valores mobiliários ou ativos - Foto: Pixabay

O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira em dia de fraqueza da moeda em todo o mundo. A divisa recuou 0,12%, negociada a R$ 5,4195. A queda, porém, não foi tão grande, já que o dólar chegou a ser negociado a R$ 5,36 durante o dia.

O real foi favorecido pelas perdas da moeda americana no exterior, atribuídas por analistas a uma correção dos recordes de alta recentes e um preparo para a decisão de política monetária do BCE, que acontece na quinta-feira. “O receio de que a autoridade do bloco europeu possa surpreender com uma alta de juros maior do que o esperado se coloca como relevante motivo para investidores optarem por alguma diluição das apostas compradas em dólar no mercado externo, disse a Commcor DTVM em nota para clientes.

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“A posição técnica comprada em dólar ficou muito carregada no mundo inteiro”, destacou Marcos Weight, diretor de tesouraria do Travelex Bank. Ele pontua que o movimento do dólar por aqui ocorre em linha com o mercado global, já que, lá fora, a moeda americana caiu contra quase todas as moedas, emergentes e desenvolvidas.

Ainda citando o movimento da divisa americana no exterior, ele comenta que, quando o euro chegou no nível de um pra um em relação ao dólar, “surgiu muita compra de euro, com os investidores zerando parte dessa posição vendida em moedas e comprada em dólar. Então, o movimento de hoje acaba sendo uma realização de lucros de quem estava comprado em dólar no exterior. E uma realização aqui também”, acrescentou. Além disso, Weight pontua que os dados recentes de atividade dos Estados Unidos, visto como melhores pelo mercado, diminuem a percepção de probabilidade de uma recessão entre os investidores.

Apesar do clima positivo no exterior, o campo político doméstico traz novos temores para os agentes do mercado. Ontem, o presidente da República, Jair Bolsonaro, repetiu antigos ataques – sem a apresentação de provas – ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas em reunião com cerca de 40 embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada. O evento causou constrangimento a outros Poderes da República e deve voltar a acirrar os ânimos entre o Executivo e o Judiciário.

“Evento sobre urnas eletrônicas de Bolsonaro aumenta as preocupações dos investidores quanto a um ambiente tumultuado nos meses que antecedem as eleições”, afirma a MCM Consultores em relatório.

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