Dólar comercial e juros recuam, monitorando situação na Ucrânia

O mercado ainda está preocupado com a possibilidade de uma guerra no leste europeu

O dólar comercial e os juros futuros tinham leve queda na manhã desta sexta-feira (18), enquanto os investidores se mantêm sensíveis às tensões na Ucrânia e ponderam a possibilidade de um diálogo entre os Estados Unidos e a Rússia.

Por volta de 11h50, a moeda recuava 0,63%, saindo a R$ 5,135 na venda. A taxa do contrato futuro de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2023 caía de 12,41% no ajuste anterior para 12,375%; a taxa do DI janeiro de 2024 recuava de 12,02% para 11,99%; a do DI janeiro de 2025 diminuía de 11,46% para 11,425%; e a do DI janeiro de 2027 se reduzia de 11,33% para 11,305%.

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Os mercados internacionais tentam a recuperação no último pregão da semana em meio à incerteza geopolítica no leste da Europa, depois da escalada de tensão na Ucrânia gerar fortes perdas aos ativos de risco na véspera. O temor de uma invasão do país pela Rússia foi renovado, após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter dito que havia “alto risco” de que isso ainda acontecesse.

Notícias citando fontes do governo americano que davam conta de um aumento de tropas russas na fronteira com o vizinho, em vez da aparente distensão gerada por uma retirada parcial de soldados alegada por Moscou, e a expulsão do número 2 da embaixada dos EUA na capital russa aumentaram o nervosismo dos mercados. Como se não fosse o bastante, ucranianos e separatistas pró-Rússia trocaram, na quinta, acusações sobre a violação do tratado de cessar-fogo na tensa linha de frente que separa os países.

Nesta manhã, no entanto, os ativos ensaiam recuperação, diante da possibilidade de um diálogo entre o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, e o ministro das relações exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. Blinken propôs uma reunião diplomática de última hora com o homólogo russo na próxima semana que, segundo ele, poderia levar a uma cúpula dos principais líderes para discutir a situação na Ucrânia.

Ainda assim, os rendimentos sobre os títulos do Tesouro americano (Treasuries) e o dólar global operam de lado, o que sugere uma indefinição na busca por ativos de proteção conforme os mercados avaliam o desenvolvimento da situação no Leste da Europa.

Enquanto isso, países mais arriscados têm pago o preço da incerteza. “Os mercados emergentes estão sofrendo com a volatilidade injetada pelas tensões geopolíticas entre EUA e Rússia e pela inflação global”, alerta a equipe de pesquisa para mercados emergentes do Barclays. “Os emissores soberanos de mercados emergentes adiaram seus programas de emissão devido à volatilidade do mercado”, emenda os profissionais. Segundo eles, a precificação dos mercados de juros de países da região é muito pessimista e é provável que as moedas emergentes permaneçam voláteis.

(Do Valor PRO, o serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico)

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