CVC (CVCB3) tem prejuízo líquido de R$ 127,9 milhões no 1º tri, queda de 23,3% na base anual

Segundo a empresa, o resultado foi negativamente afetado por fatores como o baixo desempenho nos produtos exclusivos, como navios temáticos e festivais

Foto: Divulgação
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Com a retomada da demanda por viagens, mas comprometida por um mix de produtos com resultado aquém do esperado, a agência de viagens CVC registrou uma queda de 23,3% no seu prejuízo líquido no primeiro trimestre na comparação com igual período do ano passado, para R$ 127,9 milhões em perdas.

A receita líquida do grupo totalizou R$ 295,5 milhões, salto de apenas 0,89% na comparação anual, reflexo do take rate (taxa da CVC sobre os embarques realizados depois de pagar fornecedores como hotéis e aéreas), que fechou o trimestre em 7,4%, queda de 2,3 pontos percentuais.

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Segundo o grupo, o take rate foi negativamente afetado por fatores como o baixo desempenho nos produtos exclusivos (como navios temáticos e festivais), que geraram perdas com não ocupação no montante de R$ 4,8 milhões (equivalente a 0.3 p.p. do take rate do B2C).

Além disso, o trimestre concentrou cerca de metade das reservas realizadas no final de semana da black friday – que foram promocionais e, com isso, trouxeram menores margens. Outro fator foi a maior presença dos pacotes marítimos, que têm um retorno menor – mas a empresa defende que eles são positivos, uma vez que não requer capital de giro.

O Ebitda da empresa foi de R$ 15,8 milhões, queda de 52,5% na comparação anual. Ajustado por não recorrentes (entre eles efeitos da pandemia de covid, multas e baixas de receitas não realizadas), o Ebitda recorrente da empresa foi de R$ 25,5 milhões, alta de 103,2% contra um ano antes.

O resultado financeiro totalizou despesa líquida de R$ 96,7 milhões no trimestre, alta de 8,9% principalmente após aos efeitos do aumento do CDI médio que incide sobre a dívida líquida e encargos sobre as antecipações de recebíveis. Segundo a empresa, foi antecipado um total de R$ 853,3 milhões no trimestre, “em virtude de necessidade de caixa do período dado a sazonalidade do negócio e crescimento das operações”, disse.

A empresa encerrou o trimestre com R$ 426,2 milhões em caixa, contra R$ 779,4 milhões um ano antes.

No documento, a empresa destacou a conclusão do reperfilamento das dívidas. Dentro do acordo firmado com credores, o grupo tem vencimentos de R$ 124 milhões no segundo trimestre, R$ 77 milhões no quarto trimestre de 2024, além de outros R$ 313 milhões no quarto trimestre de 2025 e outros R$ 382 milhões no quarto trimestre de 2026.

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