Presidente da Cosan (CSAN3) aponta custo de capital e mão de obra escassa como desafios para investimentos

Guerra na Europa pode significar entrada de capital no país, diz Luiz Henrique Guimarães, presidente da Cosan

Foto: Divulgação/Cosan
Foto: Divulgação/Cosan

O presidente da Cosan (CSAN3), Luiz Henrique Guimarães, disse nesta terça-feira (27) que dois desafios para destravar investimentos no país são o custo de capital, mais elevado em relação a outros países, e o de “gente”, em referência à necessidade de mão de obra qualificada.

No caso do custo de capital, segundo ele, o Brasil tem taxas da ordem de 13%, ou mais, contra percentuais da ordem de 5% a 6% em outros países de porte semelhante.

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Além disso, há dificuldade para a busca de profissionais qualificados para atuar em indústrias mais especializadas.

O executivo participou de almoço promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), no segundo dia da Rio Oil and Gas, salientou que os desafios se contrapõem às oportunidades que o país oferece para investimentos, como maior mercado de carbono do mundo, a partir da criação dos certificados de descarbonização (CBios).

“Existe mandato para distribuidoras, crédito para produtores, o mercado se ajusta para os preços”, disse ele

Brasil como alternativa em tempos de guerra

Para Guimarães, o cenário de guerra pode significar oportunidade para atrair capital financeiro ao país, mesmo que custe mais aos compradores recorrer ao produto brasileiro. “Segurança energética, hoje, é mais importante do que custo”, diz o executivo.

Ele destacou cinco qualidades competitivas do país: energias renováveis abundantes, produção competitiva de alimentos, indústria vasta de petróleo e gás, mineração de alta qualidade e potencial de comercialização de créditos de carbono.

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