CEO da Vibra (VBBR3): ‘Temos contrato de longo prazo para utilização da marca BR’

Ernesto Pousada comentou os rumores de que a Petrobras pode antecipar ou anular a concessão da marca de postos

Ernesto Pousada, CEO da Vibra (VBBR3) — Foto: Julio Bittencourt/Valor
Ernesto Pousada, CEO da Vibra (VBBR3) — Foto: Julio Bittencourt/Valor

O CEO da Vibra (VBBR3), Ernesto Pousada, afirmou que a empresa está tranquila sobre o arrendamento da marca Petrobras nos postos de abastecimento da companhia. A marca BR está arrendada à Vibra desde a conclusão da venda da BR Distribuidora, em 2021. Pousada destacou que a empresa, maior distribuidora de combustível do país, tem uma relação “madura” e um “ótimo relacionamento” com a petrolífera.

O executivo da Vibra falou com jornalistas na quarta-feira (3) durante o Web Summit, evento de inovação que acontece no Rio de Janeiro, depois de participar do painel “Plataforma multi energia: alternativas seguras para transição energética”.

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A fala se deu em meio a possibilidade, estudada por uma ala do governo federal e noticiada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, de antecipar ou anular a concessão da marca de postos BR para a Vibra antes do prazo contratual. O arrendamento vence em 2029, com possibilidade de renovação por mais dez anos, de acordo com a empresa.

“O que eu posso dizer é que temos o contrato de longo prazo para utilização da marca. Esse é o nosso posicionamento. Então estamos bastante tranquilos com respeito a isso”, afirmou o presidente da Vibra.

“Somos clientes da Petrobras, somos parceiros. Temos um ótimo relacionamento e respeitamos muito a companhia”, completou.

A distribuição de combustíveis passou para as mãos da Vibra há dois anos e, atualmente, a companhia tem cerca de 8,4 mil postos no país. Pousada assumiu a companhia em fevereiro deste ano, substituindo Wilson Ferreira Júnior, que migrou para a Eletrobras.

O executivo disse que vai manter e incentivar uma “estratégia combinada” entre a transição energética para fontes renováveis e a mitigação de emissões dos combustíveis fósseis, que, segundo ele, estarão com a empresa pelos “próximos 20, 30 anos”.

“Transição energética não significa largar um e ir para o outro. Nós demos pontapé inicial pela gestão anterior em investimentos bastante relevantes em energia renovável e quero dar continuidade e crescer ainda mais nesse caminho”, afirmou o CEO.

Nesse sentido, disse Pousada, a Zeg Biogás (na qual a Vibra detém 50%) deve acelerar projetos que devem ser concluídos nos próximos anos. Já a parceria com a EZVolt, empresa que atua na área de mobilidade, envolve a construção de um corredor de postos no Sul e Sudeste para carregar a bateria de carros elétricos.

“Se a pessoa quer sair de São Paulo para o Rio, por exemplo, já vai saber onde tem postos para carregar o carro dele”, explicou o executivo.

No painel que contou ainda com participação da presidente da Microsoft no Brasil, Tania Cosentino, e Aspen Andersen, vice-presidente de Tecnologia da Vibra, Pousada afirmou que o Brasil tem a oportunidade de ser protagonista na transição energética e que a empresa “entrou de cabeça” nessa discussão.

O Web Summit Rio tem apoio da Invest.Rio | Prefeitura do Rio de Janeiro e do Senac RJ que, junto do Sebrae, também apresentam a divulgação e cobertura do evento na Editora Globo, por meio do jornal “O Globo”, do Valor, da “Época Negócios” e da Rádio CBN.

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