Copom e Fed decidem juros: 0,25 ponto, 0,50 ou surpresas? Veja o calendário econômico

Alta de juros no Brasil e corte da taxa nos Estados Unidos dominam as atenções na semana

Calendário econômico de 16 a 20 de setembro tem Super Quarta de decisão de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Foto: Getty Images
Calendário econômico de 16 a 20 de setembro tem Super Quarta de decisão de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Foto: Getty Images

O calendário econômico de 16 a 20 de setembro destaca as decisões de política monetária de Copom e Fed (Federal Reserve). Portanto, todas as atenções dos agentes financeiros estarão voltadas para a Super Quarta.

Antes de tudo, Brasil e Estados Unidos vivem momentos distintos no quesito rumo dos juros.

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Enquanto a tendência aqui é de aumento da Selic, por lá deve ser dada a largada do ciclo de cortes das taxas.

Mas há um questão que envolve as duas definições: qual vai ser a magnitude?

Isso, claro, se não houver surpresas. Que no caso seria a manutenção dos juros.

Fed abre a Super Quarta

Então, pelo consenso do mercado, o Federal Reserve (banco central americano) vai relaxar a taxa em 0,25 ponto percentual. Do intervalo de 5,50% a 5,25% para a faixa de 5,25% a 5,00%.

Porém, há agentes que defendem um corte mais agressivo de início, de 0,50 ponto percentual. O motivo é o risco de recessão nos Estados Unidos nos próximos trimestres.

Além da magnitude do corte, o mercado vai olhar as projeções dos membros do Fed e acompanhar a coletiva do presidente Jerome Powell.

O conjunto de informações balizará as expectativas para as próximas reuniões. Em suma, deve mostrar qual vai ser o ritmo do ciclo de queda dos juros.

Copom: entre 0,25 e 0,50 ponto percentual

Mais tarde na Super Quarta, o comitê de política monetária brasileiro anuncia a nova Selic. O mercado também aposta em 0,25 ponto percentual.

No entanto, para a retomada da alta dos juros.

Sobretudo a expectativa de inflação desancorada e a pressão do dólar contra o real embasam o cenário de aperto adicional da taxa.

Assim como o mercado de trabalho aquecido e o crescimento do PIB acima do esperado até aqui em 2024.

Dessa forma, parte dos agentes até considera que há espaço para um aumento maior, de 0,50.

O que mostraria um Banco Central firme no compromisso de levar o IPCA à meta de 3%. Bem como ajudaria a ancorar as projeções de inflação ao longo do horizonte.

Por um lado, tem uma pimenta no panorama para a Selic.

A inflação corrente segue comportada. Os preços de commodities em dólar estão recuando. E o Fed ainda vai baixar os juros.

Assim, a manutenção dos juros em 10,50% não pode ser completamente descartada.

Calendário econômico – 16 a 20 de setembro

Segunda (16)

08h25: Boletim Focus (Banco Central)
10h15: Monitor do PIB de julho (Ibre/FGV)

Terça (17)

09h30: Vendas no varejo de agosto nos Estados Unidos
10h15: Produção industrial de agosto nos Estados Unidos

Quarta (18)

06h00: Taxa de inflação de agosto na zona do euro
15h00: Decisão de política monetária nos Estados Unidos (Federal Reserve)
15h30: Coletiva de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve
16h00: PIB da Argentina no 2º trimestre de 2024
18h15: Nova taxa Selic/Decisão de política monetária (Banco Central)

Quinta (19)

08h00: Decisão de política monetária no Reino Unido
22h15: Decisão de política monetária na China

Sexta (20)

00h00: Decisão de política monetária no Japão

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