Dados de emprego no Brasil, expectativa por ajuste fiscal de Haddad e mais assuntos para acompanhar na semana

Lá fora, atenções estarão voltadas para payroll, PCE e reta final da eleição presidencial americana

Mercado financeiro aguarda detalhes do ajuste fiscal sinalizado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para equilibrar as contas públicas. Foto: Divulgação/Ministério da Fazenda

Como está o mercado de trabalho hoje no Brasil? A inflação no país vai piorar daqui para frente? E mais: o Banco Central deve acelerar a alta da Selic?

Dados para que essas perguntas sejam respondidas com mais precisão estão entre os destaques do calendário econômico.

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Dessa forma, como tradicionalmente ocorre nos últimos dias de cada mês, indicadores de emprego dominam a agenda doméstica.

Serão publicados números de setembro do mercado de trabalho, como a criação de empregos formais (quarta) e a taxa de desemprego (quinta).

Caged e PNAD Contínua ganham especial atenção pelos reflexos nos rumos do IPCA e da taxa Selic.

Na semana que passou, JPMorgan e BTG Pactual foram algumas das instituições financeiras que pioraram o cenário para a inflação no Brasil.

Entre outros motivos mencionados para explicar a pressão dos preços está justamente o mercado de trabalho aquecido e o aumento da renda salarial da população.

Ajuste fiscal pode conter alta da Selic?

Ao mesmo tempo, na esteira de agravar projeções para os indicadores da economia, o Bradesco passou a ver um aumento mais intenso da Selic agora em novembro.

Para o banco, a taxa de juros será elevada não mais em 0,25 ponto percentual. Mas em 0,50 ponto percentual, para 11,25%.

Na visão da instituição, um fator que pode colocar freio no novo ciclo de aperto monetário é o ajuste fiscal.

“Sem apoio da política fiscal, os canais de transmissão da política monetária associados ao câmbio e às expectativas de inflação seguirão inoperantes”, afirma o Bradesco.

Então, o Itaú Unibanco aponta que o mercado monitorará nos próximos dias um possível anúncio do plano do governo para reduzir os gastos públicos.

Isso conforme a sinalização do ministro Fernando Haddad (Fazenda) de que irá cumprir o arcabouço fiscal.

Eleições americanas perto da decisão

Na cena internacional, sobretudo nos Estados Unidos, as atenções estarão voltadas para o resultado do PIB do terceiro trimestre de 2024.

Juntamente com a inflação do consumo para agosto medida pelo PCE.

Já na sexta-feira saem os dados de mercado de trabalho (payroll) referentes a outubro.

Contudo, o grande foco por lá será a reta final da eleição presidencial americana, marcada para 5 de novembro.

As últimas pesquisas mostram um cenário extremamente competitivo entre Kamala Harris e Donald Trump.

Assim, a democrata e o republicano devem gastar esforços nos chamados “estados-pêndulo”.

Essas regiões oscilam de lado depedendo do ciclo eleitoral e praticamente definem quem será o novo presidente dos Estados Unidos.

Calendário econômico – 28 de outubro a 1 de novembro

Segunda (28)

08h25: Boletim Focus (Banco Central)

Terça (29)

08h30: Estatísticas do setor externo de setembro (Banco Central)

Quarta (30)

08h30: Estatísticas monetárias e de crédito de setembro (Banco Central)
09h30: PIB do 3º trimestre nos Estados Unidos (nova leitura)
Sem horário definido: Abertura de vagas formais/Caged de setembro (Ministério do Trabalho e Emprego)

Quinta (31)

08h30: Estatísticas fiscais de setembro (Banco Central)
09h00: Taxa de desemprego/PNAD Contínua de setembro (IBGE)
09h30: PCE/Índice de preços de gastos com consumo de setembro nos Estados Unidos

Sexta (1)

09h00: Produção industrial de setembro (IBGE)
09h30: Payroll/Taxa de desemprego de outubro nos Estados Unidos

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