Decisões de juros e próximos passos de Copom e Fed são os destaques da semana

Mercado calibrará expectativas de quanto mais a Selic pode cair no Brasil e quando deve começar o ciclo de cortes das taxas nos Estados Unidos

Na Super Quarta de março, mercado espera que a Selic caia para 10,75%, enquanto a taxa de juros nos Estados Unidos permaneça no patamar de 5,25% a 5,50%. Foto: Getty Images
Na Super Quarta de março, mercado espera que a Selic caia para 10,75%, enquanto a taxa de juros nos Estados Unidos permaneça no patamar de 5,25% a 5,50%. Foto: Getty Images

O calendário econômico de 18 a 22 de março tem as atenções concentradas nas definições de juros no Brasil e nos Estados Unidos.

Sobretudo, com as decisões da Super Quarta já esperadas, os agentes financeiros estarão de olho nos próximos passos do Copom (Comitê de Política Monetária) e do Fed (Federal Reserve, o banco central americano).

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Selic a 10,75%

Por aqui, o Copom deve reduzir os juros básicos da economia pela sexta reunião seguida. O novo corte aguardado de 0,50 ponto percentual derrubará a Selic para 10,75%, o menor nível desde fevereiro de 2022.

Portanto, com a taxa mais perto de um dígito, o mercado começa a enxergar a possibilidade de o comitê colocar o pé no freio. Ou seja, deixar de sinalizar o que deve fazer nas próximas duas reuniões e focar apenas no encontro seguinte.

Ainda estará no radar certamente o nível de preocupação com a inflação de serviços, assim como a evolução dos riscos fiscais do governo Lula.

Esses fatores logo vão auxiliar os agentes financeiros a calibrarem as expectativas de quanto mais a Selic pode cair no Brasil.

Mas, claro, tudo isso estará condicionado também ao que acontecer nos Estados Unidos.

Fed ainda cauteloso

Pois, seguindo o calendário econômico, lá fora a tendência é o Banco Central americano não surpreender e manter os juros no intervalo de 5,25% a 5,50%.

Em suma, a taxa permanecerá pela quinta vez consecutiva no maior patamar desde 2001.

Dificilmente haverá a retomada do alerta de que os juros ainda podem aumentar. Então o que o mercado vislumbra é a indicação clara do momento em que o ciclo de cortes poderá ser iniciado.

Nesse sentido, diante de dados mais fortes de emprego e sem uma trégua significativa da inflação desde a última reunião, os agentes elevaram a cautela.

Na prática, a expectativa pelo primeiro corte da taxa estadunidense passou de maio para junho.

Por último, para ter no radar do que acompanhar na Super Quarta, a coletiva de Jerome Powell, o presidente do Fed, guiará os humores dos negócios globais.

Cada detalhe das falas de Powell será esmiuçada pelos especialistas.

E aí teremos mais um importante elemento para saber o tamanho do espaço para a Selic baixar no Brasil.

Calendário econômico – 18 a 22 de março

Segunda (18)

07h00: Taxa de inflação de fevereiro na zona do euro
08h00: IGP-10 de março (Ibre/FGV)
09h00: IBC-Br/Índice de Atividade Econômica de janeiro (Banco Central)
Balanços: Embraer (EMBR3), Magazine Luiza (MGLU3), Itaúsa (ITSA4) e Braskem (BRKM5)

Terça (19)

08h25: Boletim Focus (Banco Central)
10h15: Monitor do PIB de janeiro (Ibre/FGV)

Quarta (20)

15h00: Decisão de juros nos Estados Unidos (Fed)
15h30: Coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed
18h15: Taxa Selic/Decisão de juros do Copom (Banco Central)
Balanços: Allos (ALSO3) e Equatorial (EQTL3)

Quinta (21)

Sem indicadores relevantes
Balanços: Sabesp (SBSP3), CPFL (CPFL3) e Cemig (CMIG4)

Sexta (22)

Sem indicadores relevantes

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