BTG Pactual eleva preço-alvo da Prio (PRIO3) e reitera recomendação de compra
A casa diz que as ações são negociadas a 3,1 vezes e 2,1 vezes o valor da empresa pelo Ebitda esperado para 2023 e 2024, respectivamente
O BTG Pactual elevou a recomendação das ações da Prio (ex-PetroRio) de R$ 37 para R$ 58, alta potencial de 64% sobre a cotação atual. O banco também reiterou a recomendação de compra e atribui a revisão à análise de que as ações permanecem baratas, mesmo depois de subirem 72% no acumulado do ano.
A casa diz ainda que as ações são negociadas a 3,1 vezes e 2,1 vezes o valor da empresa pelo Ebitda esperado para 2023 e 2024, respectivamente, baseado nas projeções menores para o petróleo tipo Brent.
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“A companhia tem uma avaliação rica apoiada nos múltiplos de reserva, mas com ótimo histórico de substituição de reservas e mais visibilidade na geração de caixa de curto prazo”, dizem os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte.
O novo preço-alvo também inclui o valor presente líquido das perdas acumuladas da Dommo, bem como uma taxa de manuseio de US$ 15 por barril (bbl) relacionada a 36% da produção futura da Wahoo.
A última vez que o BTG revisou os números da Prio foi em agosto. Os analistas destacam que, desde então, “muitas conquistas operacionais” foram alcançadas e as perspectivas para Frade e Albacora Leste melhoraram.
“Ao incorporarmos a produção atual de petróleo em nosso modelo como ponto de partida para 2023, novas campanhas de perfuração da fase 2 do programa de revitalização de Frade e menores custos de extração consolidados, estamos convencidos de que nossas estimativas anteriores eram muito conservadoras”, comentam.
Ainda de acordo com eles, as revisões de Ebitda de 16% e 3% (em dólares americanos) para 2023 e 2024 refletem as expectativas mais fortes para suas operações, produção de petróleo e mais eficiência de custo por investimento, e não preços de petróleo bruto mais altos. Os analistas inclusive reduziram as estimativas de preço para o petróleo tipo Brent para 2023 e 2024 de US$ 100 e US$ 90 por barril, respectivamente, para US$ 85 por barril em ambos os anos.
“Nossas novas previsões também refletem uma produção total de 94 mil barris de óleo equivalente por dia (kboe/d) e custos de extração de US$ 11,8 por barril no próximo ano, que parecem altamente viáveis mesmo após a incorporação de Albacora Leste”, afirmam.
Os analistas afirmam ainda que, além do esperado crescimento da produção orgânica a ser entregue com a revitalização dos campos de Frade e Albacora Leste, o fato da Prio encerrar 2023 com alavancagem (dívida líquida/Ebitda) de 0,6 vez “permite sonhar” com novas fusões e aquisições sem ter que fazer uma oferta de ações.
De acordo com eles, os parques das Conchas e Peregrino são os alvos mais óbvios, mas se nenhum deles for comprado, a Prio poderá em breve devolver muito valor aos acionistas por meio de um programa de recompra de ações ou pagamento de dividendos mais ousado.