CEO da Ripio: bitcoin chegará a US$ 1 milhão no final da década
Atualmente, o bitcoin vale perto de US$ 70.500 o que significa que a moeda digital teria que se valorizar em 1.318,4% para chegar ao objetivo do executivo
O CEO da exchange de criptomoedas argentina Ripio, Sebastián Serrano, disse que não sabe como o bitcoin (BTC) terminará o ano que vem.
Mas ele tem certeza que a criptomoeda chegará a US$ 1 milhão por unidade até 2030.
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Atualmente, o bitcoin vale perto de US$ 70.500 o que significa que a moeda digital teria que se valorizar em 1.318,4% para chegar ao objetivo do executivo.
Ele acredita que mesmo assim é algo factível devido ao andamento do cenário macroeconômico global.
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Eleição nos EUA
Tomando por base a atual eleição presidencial nos Estados Unidos, Serrano afirma que tanto o republicano Donald Trump quanto a democrata Kamala Harris são candidatos que devem expandir o déficit fiscal da maior economia do mundo.
E o aumento do endividamento do país não é algo que vem de agora.
“No longo prazo, o estado fiscal não tem outra saída além de desvalorizar a moeda. A dívida dos EUA já é de US$ 35 trilhões”, lembra o executivo.
Na opinião de Serrano, é bem provável que a consequência desta trajetória de alta da dívida americana seja um aumento na valorização dos ativos financeiros e uma depreciação do dólar.
Uma vez que será difícil para o governo continuar pagando os compromissos sem recorrer a imprimir dinheiro.
Crescimento com IA pode ajudar bitcoin
A única possibilidade que o CEO imagina para que isso não ocorra seria uma verdadeira revolução tecnológica capitaneada pela inteligência artificial.
Cenário que faria o mundo voltar a crescer a níveis muito maiores do que 3% ao ano.
Mais crescimento significa mais arrecadação de impostos e, portanto, alívio para o governo americano no âmbito fiscal.
No entanto, Serrano considera a hipótese bastante improvável.
Neste contexto, a busca por ativos que sirvam de reserva contra a inflação e a depreciação cambial levariam, na avaliação do executivo, a uma valorização daqueles investimentos que prometem justamente preservar o patrimônio no longo prazo.
“Os mais velhos vão correr para o ouro e as novas gerações vão comprar bitcoin”, prevê.
A moeda digital seria demandada por ter uma oferta limitada de 21 milhões de unidades, sendo impossível por programação emitir mais BTCs após este limite.
Cenário para o fim de 2024
Já para 2024, Serrano projeta que o bitcoin terminará o ano perto dos US$ 80 mil e que sofrerá uma forte correção caso Kamala vença as eleições.
Para ele, o cenário para o setor de criptoativos com Trump é mais previsível, visto que o republicano foi muito mais enfático na defesa da indústria durante a campanha.
Além disso, seus próprios filhos estão envolvidos em um projeto de finanças descentralizadas, o misterioso World Liberty Financial.
“Kamala só falou a favor da criptoeconomia porque viu que Trump estava crescendo neste quesito”.
“Não sabemos se ela defenderia uma manutenção do atual presidente da SEC [a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA], Gary Gensler, para mais um mandato.”
Setor não gosta do atual presidente da SEC
Gensler acumulou atritos com o setor por considerar que todas as criptomoedas à exceção do bitcoin são valores mobiliários não registrados.
Esse é o motivo pelo qual processou grandes empresas, tais quais Ripple, Kraken e Binance.
Com a SEC sob o comando de Gensler, o governo Biden foi considerado pelo mercado como extremamente hostil a cripto.
“Se Kamala vencer, teremos uma correção do preço do BTC até US$ 60 mil, mas depois deve voltar a subir pelos fundamentos da moeda”, defende.
Previsões para a Ripio
Em relação à Ripio, Serrano conta que a exchange deve terminar o ano com 15 milhões de usuários globalmente.
Também está bastante focada na stablecoin (criptomoeda cujo valor é atrelado ao de alguma divisa tradicional como o dólar) Meli Dólar (MUSD), desenvolvida em parceria com o Mercado Livre.
“Já estamos medindo o uso dela em transações por segundo”.
“As pessoas ganham Meli Dólar como cashback na compra e estão acumulando, em vez de vender”, destaca.
Com informações do Valor Econômico