Por enquanto mercado não comprou o novo iPhone da Apple; entenda os motivos

Apple anunciou que iPhone 16 terá AI e integração com ChatGPT; mesmo assim, mercado não parece ter gostado do que viu

iPhone16 Pro e Pro Max (Foto: Divulgação Apple)
iPhone16 Pro e Pro Max (Foto: Divulgação Apple)

O evento de lançamento do iPhone 16, da gigante de tecnologia Apple, assim como da Apple Watch Series 10, Airpods 4 e mais, não agradou os investidores em geral. Na bolsa de valores de Nova York, as ações da Apple fecharam o pregão da segunda-feira (9) estáveis, enquanto nesta terça o papel recuou 0,36%.

Aqui no Brasil, porém, o BDR da Apple (APPL34) se valorizou 0,89% desde o meio-dia de ontem.

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Para além de oscilações nos papéis, é fato que o mercado entendeu que o evento de segunda-feira (9) não trouxe novidades suficientes.

A falta de surpresas sobre o uso de sua inteligência Artificial (AI), a Apple Inteligence, na mais nova linha de smartphones decepcionou investidores. Um deles considerou a apresentação um “não evento”.

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Por que a Apple decepcionou?

Investidores ouvidos pelo Itaú BBA descreveram o evento como “It’s Glowing Time” algo como “neutro ou sem destaque” em uma tradução livre do termo.

A expectativa do mercado era de que a empresa mais valiosa do mundo, fundada por Steve Jobs, apresentasse uma gama de recursos de AI no iPhone 16. A Apple Inteligence, por enquanto, será usada para gerar emojis, textos e priorizar notificações.

A Apple fez também com que usuários do novo iPhone possam acessar o ChatGPT diretamente via Siri. Será possível ainda localizar documentos e editar fotos.

Em relatório, o Itaú BBA diz que “o consenso é de que o ano fiscal de 2025 será de fraco desempenho – incluindo a temporada de feriados do final de 2024”. Mudanças devem ocorrer apenas no ano de 2026.

O banco, assim, concorda com a visão mais cautelosa expressa pelo mercado. “Gostaríamos de alertar que a falta de aumento nos preços deve pressionar a margem da Apple para os próximos 12 meses”, explicam os analistas Thiago Kapulskis e Maria Clara Infantozzi, do Itaú BBA.

Willian Castro Alves, estrategista-chefe da corretora Avenue, aponta que “as novidades dentro do espectro de AI parecem tímidas”.

‘Sempre se espera muito’

De acordo com Enzo Pacheco, analista da Empiricus, o evento não atendeu às expectativas “tanto quanto eventos passados” da Apple.

A impressão de Pacheco é de que o Apple Inteligence “ainda é incipiente”.

O mercado esperava um novo “superciclo” para renovar a demanda por iPhones a partir do novo modelo.

Nesta terça-feira, a empresa também remou contra uma decisão da Justiça da Irlanda que obriga a Apple a pagar 13 bilhões de euros ao país. O processo conduzido na União Europeia diz respeito a benefícios fiscais da empresa no país.

Hoje, na visão de Leonardo Otero, fundador da Arbor Capital, a ação da Apple “está bem precificada”.

“A expectativa para a Apple é sempre muito alta, né?”, diz Otero, “Difícil surpreenderem ainda mais no iPhone, que é um produto bastante maduro”, pondera.

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