Amazon entra na onda de cortes das ‘Big Techs’

No Brasil, empresa diz ter 'número significativo de vagas abertas'

Foto: Avishek Das/SOPA Images/Reuters
Foto: Avishek Das/SOPA Images/Reuters

A Amazon Brasil não confirmou ou negou que o plano de corte de 10 mil funcionários da gigante de tecnologia no mundo tenha impacto local, mas reforçou que tem vagas abertas por aqui.

“A Amazon tem um compromisso de longo prazo com o Brasil, e continua oferecendo um número significativo de vagas abertas em toda a empresa. Temos diversos negócios em vários estágios de evolução e continuaremos ajustando nossas estratégias de contratação para cada um deles durante o percurso”, disse a empresa hoje em comunicado.

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Segundo uma reportagem do jornal “The New York Times”, citando fontes, a empresa planeja cortar cerca de 10 mil funcionários em áreas como a de dispositivos, responsável por desenvolver a assistente em voz Alexa, assim como nas unidades de varejo e recursos humanos.

O plano de cortes na divisão de dispositivos foi noticiado, também com base em fontes, pelo “Wall Street Journal” na quinta-feira (10).

Na sexta-feira (11), a Amazon Brasil informou que estava contratando 8 mil funcionários temporários, por um período de dois meses, para atender a demanda deste fim de ano, por conta da Black Friday, no fim do mês, e do Natal. Segundo a empresa, os temporários iniciam os trabalhos a partir deste mês entre 12 centros de distribuição e 12 estações de entregas por todo o país, em um período de dois meses.

A empresa disse que as equipes apoiarão “as operações, garantindo nossa promessa aos clientes, e nos permitindo equilibrar a carga de trabalho e a preservar a saúde e bem-estar de nossos associados e associadas”.

Atualmente, a Amazon conta com 8.400 colaboradores fixos no Brasil, sendo 7 mil em centros de distribuição e entrega e outros 1.400 em funções corporativas.

A Amazon não é a primeira ou a única das gigantes de tecnologia a anunciar congelamento de contratações e demissões globais em massa para equilibrar resultados financeiros do terceiro trimestre e projeções para o fim do ano abaixo das expectativas.

A Apple informou que está reduzindo o volume de contratações em algumas áreas por conta das incertezas macroeconômicas, disse hoje o diretor-presidente da companhia, Tim Cook, em entrevista à emissora CBS.

O Google anunciou o congelamento de contratações em setembro. Em agosto, a empresa planejava reduzir os salários de colaboradores remotos nos EUA, informou a Reuters.

Na quarta-feira (9), a Meta, controladora do Facebook, anunciou mais de 11 mil cortes, o equivalente a 13% de sua força de trabalho. A empresa não comentou sobre o impacto dos cortes no Brasil.

A equipe local da Meta, que atuava em dois escritórios, na cidade de São Paulo, vai se concentrar somente na unidade da Avenida Faria Lima, deixando vago o escritório localizado no bairro do Itaim.

Em outubro, a Microsoft demitiu mais de 1.000 funcionários globalmente em diferentes áreas e regiões, segundo informou o site Axios no dia 17 de outubro. Os cortes representaram menos de 1% do total de 221 mil funcionários da empresa no mundo.

Já Elon Musk cortou quase metade dos 7,5 mil funcionários do Twitter, no dia 4, uma semana após ter assumido o comando da rede social, em uma negociação avaliada em US$ 44 bilhões.

Os cortes afetaram metade da equipe do Brasil, sendo 100% nos times locais de marketing e comunicação.

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