Dividendos e recompra de ações devem impulsionar ações da Copel (CPLE6) no curto prazo
Companhia de energia vai apostar em grandes usinas e descarbonização após desinvestir quase R$ 2 bilhões
O pagamento de dividendos extraordinários de R$ 600 milhões anunciados pela Copel (CPLE6) para o próximo dia 12 de dezembro, assim como o programa de recompra de 10% das ações da empresa em circulação nos próximos 18 meses são positivos, avalia o Goldman Sachs.
Em relatório assinado por Bruno Amorim, Guilherme Bosso e Guilherme Costa Martins, o banco afirma que o anúncio acelera o ajuste da estrutura de capital e demonstra uma tendência de crescimento nos dividendos, que são os principais catalisadores de curto prazo para a empresa.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
O Goldman Sachs reitera a recomendação de compra para as ações preferenciais classe B (PNB) da Copel, com preço-alvo de R$ 12,90. Por volta de 10h45, a ação era negociada na B3 em alta superior 4%, acima de R$ 10.
Copel aposta em grandes usinas e descarbonização
Simultaneamente, o diretor-presidente da Copel, Daniel Slaviero, disse que a empresa vai focar em grandes usinas e descarbonização da matriz. A empresa fez o desinvestimento de pequenas hidrelétricas, saiu da geração a partir de fontes fósseis e fechou a renovação de concessões de três hidrelétricas por R$ 4,1 bilhões.
Últimas em Agenda de dividendos
Segundo Slaviero, sem as amarras de uma empresa estatal, a empresa poderá ser cada vez mais eficiente no seu objetivo. Na segunda, a empresa informou a venda de 11 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e centrais geradoras hidrelétricas (CGH), uma termelétrica e um parque eólico por R$ 450,5 milhões para o Grupo Electra.
Em julho, a empresa anunciou que vendeu o bloco de controle (51%) da distribuidora de gás Compagas para a Compass, empresa de gás natural do grupo Cosan, por R$ 906 milhões. E no final de 2023, a antiga estatal vendeu a termelétrica a gás natural Araucária (Uega) para a Âmbar Energia, empresa de energia do grupo J&F, por R$ 320 milhões.
“A empresa vai focar em grandes usinas e descarbonização da matriz”, disse Slaviero.
Foram quase R$ 2 bilhões de desinvestimentos, sendo que parte dos recursos serão usados para o pagamento da renovação de contratos de concessão das hidrelétricas, Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias, no valor de R$ 4,1 bilhões. A renovação vale por mais 30 anos e representa cerca de 64% da capacidade instalada da Copel.
Para 2025, a empresa anunciou um investimento de R$ 3 bilhões. Deste montante, cerca de 90% será destinado ao segmento de distribuição, principalmente na melhora do atendimento da companhia.
Com informações do Valor Econômico