WEG (WEGE3) é um ativo defensivo de qualidade, diz Itaú BBA

Analistas do banco consideram que a companhia apresenta fortes perspectivas de crescimento

Linha de produção da WEG (WEGE3). Foto: Divulgação
Linha de produção da WEG (WEGE3). Foto: Divulgação

Ao comparar as características da WEG (WEGE3) com a Siemens, o Itaú BBA avalia em relatório que tem perspectivas positivas sobre a história de crescimento da WEG. Segundo o banco, as companhias têm semelhanças, mas também algumas diferenças importantes que explicam a lacuna de desempenho e validam o potencial da companhia.

“Nossa análise apenas reforça nossa convicção de que os ganhos de ‘market share’ da WEG na indústria automobilística (7% em 2015, contra 10% agora) são sustentáveis, e que há espaço para crescimento com rentabilidade à medida que a Siemens reorienta sua estratégia para longe dos mercados da WEG”, dizem os analistas Daniel Gasparete, Gabriel Resende e Luiz Capistrano.

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Eles citam que a estratégia da Siemens de se posicionar como uma empresa de tecnologia tem se traduzido em um distanciamento gradual dos mercados da WEG. “Em 2020, por exemplo, a Siemens desmembrou sua divisão de energia (comparável ao segmento GTD da WEG) e agora está trabalhando na divisão de seu negócio de motores (comparável aos equipamentos industriais da WEG) à medida que avança para digitalização e automação”.

Os analistas também destacam que o portfólio amplo e complexo da Siemens vem pesando nos resultados, exatamente o oposto da situação da WEG. Além disso, a estrutura produtiva da Siemens menos verticalizada – sem fabricação de arames, por exemplo – a deixa mais exposta a interrupções na cadeia de suprimento.

Entre as semelhanças, está a “forte capacidade de retenção gerencial”, considerando que a alta direção está em ambas as empresas há mais de 20 anos. Por outro lado, elas divergem na rotatividade de diretores-presidentes. Enquanto a WEG teve apenas três presidentes desde sua fundação em 1961, a Siemens teve oito no mesmo período, o que pode ter afetado a estratégia da companhia no longo prazo.

Em suma, os analistas consideram que a Siemens se configura mais como uma referência do que uma ameaça. Eles consideram a WEG um nome defensivo de alta qualidade e com fortes perspectivas de crescimento.

O Itaú BBA mantém a recomendação de compra para as ações da WEG e preço-alvo de R$ 44 para 2023. O valor representa um potencial de alta de 15,63% sobre a cotação atual.

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