XP rebaixa VALE3 por ver problemas com preço do minério de ferro; veja o que esperar para 2025
A percepção da XP aponta uma perspectiva 'pouco inspiradora' para o preço da commodity para 2025.
A Vale (VALE3) deve enfrentar cenário mais difícil em 2025, por conta principalmente de problemas estruturais da economia global. Especialmente relacionados ao preço do minério de ferro e sua demanda estruturalmente menor.
Por outro lado, a empresa tem dado sinais de que, da porta para dentro, há notícias boas que podem atenuar o cenário macro pouco animador.
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A percepção é da XP, que, em relatório, aponta uma perspectiva “pouco inspiradora” para o preço do minério de ferro para 2025.
Nesse sentido, as ações da empresa devem sofrer. Por isso, a XP rebaixou a recomendação da mineradora de compra para neutra. Além disso, introduziu um preço-alvo de R$ 66 por ação.
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Minério de ferro estruturalmente mais fraco
Assim, o preço da principal commodity negociada pela empresa está em níveis “negativamente assimétricos”: na faixa de US$ 100 por tonelada.
Ou seja, em patamares mais elevados do que o preço justo, de US$ 90, calculado pela XP.
Anteriormente, no meio do ano, o agora CEO e antes CFO da Vale havia contestado as projeções do mercado para o minério de ferro. Gustavo Pimenta disse que o mercado “errou 100% dos anos”’” as projeções para o preço da commodity.
Valuation ‘pouco atraente’
Com isso, o valuation é visto como pouco atraente. A XP aponta um dividend yield de cerca de 6,5% para 2025 “considerado justo”.
Além disso, menciona um desconto de EV/EBITDA de 24% em relação aos principais concorrentes, “alinhado à média histórica recente”.
Apesar disso, vê um desconto relativo de 29% em relação aos preços do minério de ferro, sugerindo uma assimetria positiva, embora limitada, para as ações.
Da porta para dentro, notícias da VALE3 são mais positivas
A narrativa micro da VALE3 se apresenta como “um ponto positivo”. Ou seja, da porta para dentro, a empresa tem boas notícias para dar ao investidor.
Nesse sentido, vale destacar as pendências do passado já concluídas.
Isso inclui “mudanças na alta administração (sucessão do CEO, novo CFO e a nomeação de um novo CEO para a Base Metals da Vale) e o acordo final referente a Mariana, juntamente com um desempenho operacional positivo, vemos sinais promissores para a empresa”, destaca a XP.
Além disso, o ajuste do guidance de produção de minério de ferro para níveis mais realistas (e mais altos), enquanto se entrega a redução de custos caixa. Isso indica “uma perspectiva relativa melhor para a narrativa micro”.