Vale (VALE3) pode repetir BHP e aumentar provisões sobre Mariana?

Mineradora divulga balanço do quarto trimestre de 2023 em 22 de fevereiro, após o fechamento do mercado

A mineradora Samarco e suas acionistas Vale e BHP foram condenadas a pagar R$ 47,6 bilhões para reparar os danos morais coletivos causados pelo rompimento da barragem do Fundão, na zona rural de Mariana (MG). Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
A mineradora Samarco e suas acionistas Vale e BHP foram condenadas a pagar R$ 47,6 bilhões para reparar os danos morais coletivos causados pelo rompimento da barragem do Fundão, na zona rural de Mariana (MG). Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Entrou no radar dos acionistas da Vale (VALE3) a possibilidade de a mineradora aumentar as provisões para cobrir os custos relacionados ao rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG).

Esse cenário ganhou força após a BHP ter elevado na quarta-feira (14) a reserva para custear os impactos da tragédia.

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Para lembrar: o desastre ambiental ocorreu em novembro de 2015.

Sendo a barragem do Fundão administrada pela Samarco, que tem a Vale e a BHP como acionistas.

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Em janeiro deste ano, a Justiça Federal condenou as mineradoras a pagar R$ 47,6 bilhões para reparar os danos morais coletivos causados pelo rompimento.

Ainda cabe recurso.

Provisão da BHP

Ao detalhar o balanço do quarto trimestre de 2023, a BHP subiu em US$ 3,2 bilhões a provisão para o caso.

Assim, o montante previsto pela mineradora anglo-australiana em 31 de dezembro de 2023 passou a ser de US$ 6,5 bilhões.

Em nota, a BHP frisou que o novo valor reflete agora custos com potenciais ações socioambientais e econômicas para reparar os impactos do desastre.

Além de gastos judiciais e com indenizações.

Reserva da Vale

Diante do fato, o Itaú BBA sinalizou em relatório que a Vale pode acompanhar a parceira na Samarco.

Pela estimativa do banco, para igualar a provisão BHP, a mineradora brasileira pode aumentar em US$ 3,5 bilhões/US$ 3,6 bilhões a reserva sobre Mariana.

Esse acréscimo pode constar no balanço do quarto trimestre da Vale, previsto para 22 de fevereiro, após o fechamento do mercado.

Adicionalmente, o Itaú BBA destaca que o montante (US$ 6,5 bilhões) representa aproximadamente 6% do valor de mercado da companhia.

Contudo, o banco considera que o novo valor “não seria uma surpresa”. Ou seja, já estaria precificado pelos investidores.

Dessa forma, por volta das 15h, as ações da empresa (VALE3) recuavam 0,3% no pregão desta quinta-feira (15) na B3. Enquanto o Ibovespa avançava 0,3% no mesmo horário.

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