Soma em alta, Carrefour em queda: as previsões do BTG Pactual para 4º tri de varejistas brasileiras

Mesmo com queda da inflação e dos juros, as vendas do setor devem seguir pressionadas no curto prazo, diz relatório

Pressão inflacionária menor e dólar mais baixo impulsionaram varejo em janeiro. Foto: Roberto Moreyra/O Globo
Pressão inflacionária menor e dólar mais baixo impulsionaram varejo em janeiro. Foto: Roberto Moreyra/O Globo

Mesmo com a combinação de inflação e juros em queda e algumas melhora dos níveis de emprego, as varejistas brasileiras não devem ter melhora significativa dos resultados no curto prazo.

Essa é a previsão do BTG Pactual em relatório publicado nesta quarta-feira.

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“Dados recentes e previsões dos varejistas mostram novos sinais de que os gastos do consumidor permanecerão sob pressão no curto prazo”, afirmaram os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima, que assinam o documento.

Individualmente, porém, os analistas preveem recuperações mais aceleradas já nos resultados do quarto trimestre.

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Previsões

Para Soma (SOMA3), a previsão do BTG é crescimento de 15% na receita (ex-Hering), com as vendas da Hering aumentando 4% ano a ano.

Já em relação à Arezzo (ARZZ3), o banco prevê aumento de 11%, com margem Ebitda aumentando cerca de 150 pontos base.

Ebitda é a sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação.

Após um fraco 2º e 3º trimestres, o BTG espera que a receita líquida da Lojas Renner (LREN3) tenha crescido 8% neste último quarto do ano, e que a margem Ebitda do varejo permaneça estável, com os resultados da Realize melhorando gradativamente.

Para C&A (CEAB3), os analistas esperam crescimento de vendas de 12%, com a margem operacional subindo também.

Para o Assaí (ASAI3), a previsão é de que as vendas comparáveis do quarto trimestre devem crescer 1%, enquanto as vendas totais subiram 18%.

Por sua vez, o Carrefour (CRFB3) deverá registrar uma queda anual de 2% nas vendas comparáveis (-1% para o Atacadão; -6% para operação de varejo).

Preferências

Em relação às ações, o BTG Pactual afirmou preferir empresas mais sólidas, com destaque para Mercado Livre (MELI34), Smartfit (SMFT3), Arezzo e Vivara (VIVA3).

O relatório ainda cita aposta em Lojas Renner e Lojas Quero Quero (LJQQ3), pois “devem apresentar desempenho superior se a perspectiva de receitas melhorar.

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