Ações do Nubank (ROXO34) desabam após 3° tri misto; Itaú BBA corta recomendação
XP manteve recomendação neutra para as ações, enquanto Goldman Sachs seguiu otimista com o papel para o médio prazo
As ações do Nubank (ROXO34) desabavam nesta quinta-feira, após o banco digital divulgar resultados do terceiro trimestre com um conjunto que analistas consideraram mistos.
Por volta de 15h25 (horário de Brasília), os papéis NU, listados na Bolsa de Nova York (Nyse), tinham queda de mais de 6%, a US$ 14,66.
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Ao mesmo tempo, o recibo de ações da companhia negociados na B3, o ROXO34, tinha desvalorização de 8%, valendo R$ 14,05.
Na noite de quarta-feira, o banco digital anunciou que teve lucro líquido de US$ 553,4 milhões no terceiro trimestre, alta de 82,6% sobre um ano antes.
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Analistas tiveram reações mistas ao balanço do Nubank (ROXO34)
Contudo, analistas viram com preocupação algumas linhas do balanço, como o aumento do índice de inadimplência.
Em relatório, o Itaú BBA se disse surpreso com algumas dinâmicas, como a desaceleração na receita do Nubank por cliente.
“O Nubank tem muitos méritos que continuamos a admirar, mas precisamos ser disciplinados quando se trata de classificar ações”, afirmou o analista Pedro Leduc, antes de cortar a recomendação do papel do Nubank, de compra para neutra.
Enquanto isso, a XP elogiou o crescimento contínuo da base de clientes (o Nubank atingiu 100 milhões no Brasil neste mês).
Adicionalmente, Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, que assinam o relatório, também citaram o menor custo de risco.
Porém, “após a forte recuperação das ações da Nu, não vemos esses resultados trimestrais como um gatilho para outra rodada de valorização das ações”, disse a XP.
Mesmo com a forte queda desta sessão, ROXO34 ainda acumula ganho de quase 100% em 2024.
Dessa forma, a casa de investimentos manteve recomendação neutra para as ações do Nubank.
O Goldman Sachs, enquanto isso, preferiu se fiar em declarações de executivos da fintech, na quarta-feira, sugerindo que a piora em algumas linhas do balanço no trimestre foi pontual.
Para a equipe do Goldman sob liderança de Tito Labarta, o crescimento em empréstimos com garantia deve beneficiar o Nubank nos próximos trimestre.
“Continuamos construtivos sobre a combinação de crescimento e lucratividade do Nubank”, afirma o relatório.
Por isso, o Goldman manteve a recomendação de compra para as ações.