Qual deve ser o reajuste da Hapvida (HAPV3) em 2025?

Empresa divulgou estimativa após balanço do terceiro trimestre

A Hapvida (HAPV3), maior operadora de planos de saúde com 8,8 milhões de usuários, encerrou o terceiro trimestre com bloqueios e depósitos judiciais de R$ 869 milhões. O montante representa mais do que o dobro do volume apurado no mesmo período do ano anterior.

Com essa disparada da judicialização, a companhia estima um aumento de 1,5 ponto percentual nos reajustes nos convênios médicos em 2025.

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Segundo Jorge Pinheiro, presidente da Hapvida, esse incremento nos preços deve ser aplicado nos próximos três ou quatro trimestres.

“Ainda assim, nossa expectativa é que o reajuste seja inferior do que o aplicado anteriormente, que foi em média de 12%”, disse o executivo, durante teleconferência para analistas e investidores.

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Cobertura da Hapvida

Dessa forma, o aumento da judicialização é justificado pelas mudanças nas regras que permitem uma inclusão permanente de procedimentos médicos na cobertura dos planos de saúde (rol exemplificativo). Bem como a permissão para um volume indeterminado de sessões de terapias.

Nesse cenário, a provisão para esse débito no terceiro trimestre atingiu R$ 753 milhões e a expectativa é atingir até 100% do montante bloqueado, de R$ 869 milhões. Até o quarto trimestre do ano passado, a Hapvida tinha reservas acima do valor bloqueado judicialmente.

No terceiro trimestre de 2023, a companhia tinha R$ 415 milhões bloqueados e R$ 488 milhões em provisão. A companhia acredita que o atual patamar de provisão, que não cobre 100% dos bloqueios, é o suficiente.

“Do total de liminares, 92% são indevidos. São pedidos que não estão na cobertura, medicamentos não aprovados na Anvisa, entre outros”, disse Pinheiro.

A maior parte das ações judiciais vem de planos de saúde massificados, com destaque para São Paulo.

Essa onda de judicialização vem ocorrendo em todo o setor de saúde do ano passado para cá. Segundo dados da CNJ, foram registrados 189,3 mil novos processos cíveis contra as operadoras nos nove primeiros anos deste ano e 230,5 mil em 2023.

Já em 2022 e 2021, foram 171,6 mil e 148,2 mil, respectivamente. A maior parte das queixas era para cobertura médica hospitalar.

Com informações do Valor Econômico

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