Petrobras (PETR4) fará assembleia de acionistas em 30/11; detalha proposta sobre reserva

Acionistas vão votar proposta do conselho de criar reserva de remuneração e de mudar regras para indicação de conselheiros

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Petrobras (PETR4) convocou nesta segunda-feira (30) uma assembleia extraordinária de acionistas para 30 de novembro.

O encontro permitirá pela primeira vez uma participação mais ampla dos acionistas via plataforma digital.

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Aqueles que pretenderem participar de forma remota devem se credenciar até as 14 horas de 28 de novembro por meio de endereço eletrônico

A companhia anunciou na semana passada que seu conselho de administração propôs criar uma reserva de remuneração.

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O objetivo é ter recursos para pagar dividendos, juros sobre o capital próprio e para fazer recompras de ações.

Na convocação anunciada nesta manhã, a empresa deu detalhes sobre a proposta.

Ela sinaliza que a Petrobras poderá destinar até 70% do lucro líquido ajustado de um ano para reserva de remuneração de capital, até o limite do capital social.

Atualmente, o estatuto da Petrobras não prevê uma reserva, então sempre que tem excesso de caixa, o valor é distribuído aos acionistas.

Se a mudança for acatada pela maioria dos acionistas, a companhia terá liberdade para acumular reservas de lucros até o equivalente ao capital social, que é de cerca de R$ 205 bilhões.

O valor total atual que a Petrobras possui em reservas de lucros é de R$ 135 bilhões.

Em relatório, o Itaú BBA avaliou que os detalhes divulgados reforçam a visão de que o pagamento de dividendos extraordinários no curto prazo pode ser afetado.

Conselho de administração

Outra recomendação do conselho é a de mudar definições do estatuto sobre nomeação de indicados para o conselho de administração.

A ideia é que o documento considere conflito de interesses nas indicações apenas as situações previstas em lei.

Ambas as propostas foram recebidas com desconfiança por analistas.

Isso porque a reserva de remuneração pode comprometer o pagamento de dividendo extraordinário.

E a nova regra proposta para nomeação de conselheiros foi entendida por analistas como a abertura de uma janela para maior interferência política na empresa.

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